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Greve dos municipários é a segunda mais longa da história de Porto Alegre

Apesar de impactar nos serviços, movimento não tem resultado em interrupções

Correio do Povo|

Apesar de impactar nos serviços, movimento não tem resultado em interrupções de serviços Crédito: Guilherme Almeida
Apesar de impactar nos serviços, movimento não tem resultado em interrupções de serviços Crédito: Guilherme Almeida Apesar de impactar nos serviços, movimento não tem resultado em interrupções de serviços Crédito: Guilherme Almeida

A atual paralisação dos servidores municipais de Porto Alegre já é a segunda maior da história do Sindicato dos Municipários (Simpa), ficando atrás apenas da mobilização do ano passado, que chegou a 40 dias. Apesar disso e de impactar serviços do município, o movimento não tem resultado em interrupções de serviços. Na manhã desta terça-feira, apenas uma escola da rede municipal estava fechada. Na Saúde, por sua vez, nenhuma Unidade Básica parou os atendimentos. Um dos motivos para a situação é uma liminar do Tribunal de Justiça, que determina a manutenção de 50% dos trabalhadores de áreas essenciais e 30% das não-essenciais para garantir a prestação de 100% dos serviços. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed), somente a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) da Vila da Páscoa, no Rubem Berta, não havia tido atividades ontem devido à paralisação. Ainda segundo a pasta, no entanto, 55 escolas tinham atendimento parcial, ou seja, mais da metade do total. Na Saúde, conforme o secretário Erno Harzheim, o impacto existia, mas não era significativo. Ele disse que, das 140 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), menos de dez registravam alterações de funcionamento, sem, contudo, fecharem. No período da manhã, durante mais um dos atos da greve do Simpa, um grupo de oito professores da Escola Ildo Meneghetti disse entender que a mobilização tem crescido em número de integrantes. “Pode não esta 100% parado, mas tem um monte de turmas que está sem ter aulas”, afirmou Anália Ramos. Na opinião deles, muitos servidores deixam de aderir devido ao que chamam de assédio moral feito pela prefeitura junto à categoria. “Não é todo mundo que está disposto ao tudo ou nada”, disse Andréa Aires. Mas, mesmo que 100% dos servidores aderissem à greve, o grupo de professores acha que a posição do prefeito Nelson Marchezan Júnior continuaria a mesma, a de não querer negociar com a categoria. Os trabalhadores acreditam que o máximo que poderia ocorrer é um recuo parcial para que a paralisação chegasse ao fim, mas, em seguida, a postura do Executivo seria retomada. Funcionária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Rita Buttes disse que, além da decisão judicial de se manter a integralidade dos serviços, outro fator que é decisivo para o funcionamento das UBSs é que a maior parte delas é formada por funcionários do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf), que não estão em greve. O diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, disse que o tamanho da adesão está no próprio Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), no qual a prefeitura tem feito convocações para que os servidores voltarem ao trabalho. “Isso significa que está, sim, afetando os serviços do município", destacou. As publicações dizem respeito a servidores da SMS e do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Segundo o Sindicato, o percentual está de acordo com o determinado e, por isso, as convocações configuram um descumprimento da decisão judicial.

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