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Número de assassinatos de mulheres quase dobra em dez anos no RS

Conforme Atlas da Violência, rede de apoio eficiente reduziria número de vítimas fatais

Correio do Povo|

RS registrou mais de 300 homicídios contra mulheres em 2016 Crédito: Fabiano do Amaral / CP Memória
RS registrou mais de 300 homicídios contra mulheres em 2016 Crédito: Fabiano do Amaral / CP Memória RS registrou mais de 300 homicídios contra mulheres em 2016 Crédito: Fabiano do Amaral / CP Memória

Os homicídios contra mulheres no Rio Grande do Sul tiveram uma alta de 90,1% entre 2006 e 2016. É o que aponta o Atlas da Violência, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado na última semana. Nesses dez anos, o número de assassinatos cresceu de 162 para 308. Com o sétimo maior crescimento entre os estados brasileiros neste crime, a proporção no RS é também muito superior à evolução das mortes no Brasil. Em todo o país, a alta foi de 15,3%, passando de 4030 homicídios em 2006 para 4.645 em 2016. Proporcionalmente, a situação mais grave é no Rio Grande do Norte, que avançou de 42 homicídios contra mulheres em 2006 para 100 dez anos depois. Nas regiões Sul e Sudeste, o Estado lidera a alta nos assassinatos de mulheres, alcançando índices comparáveis aos de Norte e Nordeste. Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tiveram reduções nos homicídios de mulheres, enquanto Santa Catarina apresentou alta de 16,3%. Rede de apoio evitaria mortes Conforme os pesquisadores do Atlas da Violência, com os dados obtidos para a pesquisa não é possível medir a quantidade exata de feminicídios. Alerta, porém, que a mulher assassinada normalmente é uma vítima de outras violências anteriores: “A mulher que se torna uma vítima fatal muitas vezes já foi vítima de uma série de outras violências de gênero, por exemplo: violência psicológica, patrimonial, física ou sexual”. Uma rede eficiente de apoio à mulher, argumenta o Atlas, evitaria número considerável de mortes: “Muitas poderiam ser evitadas, impedindo o desfecho fatal, caso as mulheres tivessem tido opções concretas e apoio para conseguir sair de um ciclo de violência”.

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