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Policial atira em mulher inocente durante abordagem no Rio

Vítima foi atingida na nuca e está internada em estado grave

Correio do Povo|

Vítima foi atingida na nuca e está internada em estado grave Crédito: Reprodução / TV Record / CP
Vítima foi atingida na nuca e está internada em estado grave Crédito: Reprodução / TV Record / CP Vítima foi atingida na nuca e está internada em estado grave Crédito: Reprodução / TV Record / CP

Um policial militar atirou contra uma mulher inocente durante uma abordagem na noite desta segunda-feira, no bairro de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A costureira e dona de casa Vânia Silva Tibúrcio, de 36 anos, foi atingida por um tiro de fuzil na nuca e está internada em estado grave. Em entrevista à RecordTV, o marido da vítima, o auxiliar de manutenção Carlos Alberto Lopes, contou que os dois estavam no carro quando receberam a ordem de parada de uma viatura PM. O marido da vítima, que conduzia o veículo, disse que abriu os vidros, acendeu a luz interna, estacionou próximo a um sinal de trânsito — onde havia outra viatura da polícia parada — e saiu do carro. Em seguida, “o policial da viatura atrás aplicou o tiro que acertou fatalmente na minha esposa”, contou. Carlos Alberto disse ainda que o policial militar se desculpou “mais de dez vezes” quando percebeu o erro durante a ação. A vítima foi socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal Moacir do Carmo, também em Duque de Caxias. De acordo com a direção médica, Vânia está internada em estado grave no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da unidade. Versão da PM De acordo com a Polícia Militar, Carlos não obedeceu a ordem de parada e tentou fugir da equipe. O veículo teria sido perseguido e interceptado por outras viaturas no sinal de trânsito. "O motorista desembarcou com o veículo ligado e engrenado. O carro, em movimento, quase atropelou um dos policiais, induzindo a guarnição a achar que se tratava de uma tentativa de fuga ao bloqueio por supostos outros ocupantes. Foi quando houve o disparo", afirmou, em nota, a PM. Policiais pensaram que carro era roubado O veículo conduzido pelo marido da vítima constava como roubado desde abril. "Já tínhamos passado por uma viatura, próximo a nossa casa, e essa viatura acho que jogou a placa do carro e constou [que o veículo era roubado] e eles vieram atrás", disse Carlos Alberto. De fato, o carro do casal havia sido roubado, em abril deste ano, mas foi recuperado. Carlos levou o veículo até uma delegacia, onde foi informado que precisaria ir ao Pátio Legal, que abriga automóveis roubados ou furtados, para regularizar a situação. O atendimento aconteceria nesta terça. Carlos Alberto e os policiais envolvidos na ação prestaram depoimento na DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), que investiga o caso. As armas dos agentes foram apreendidas para exame pericial. Agora, a Polícia Civil busca testemunhas e imagens das câmeras de segurança do local do crime para analisar a conduta dos PMs que participaram da abordagem do casal. O porta-voz da Polícia Militar, major Ivan Blaz, admitiu o erro e classificou o caso como "uma grande tragédia". "Mas é importante frisar também que até o momento em que o carro é acompanhado e abordado, não houve ali uma ação a ser criticada por parte dos policiais. Sem dúvida nenhuma, a decisão de efetuar o disparo foi uma decisão errada. Mas se leva em consideração todo esse contexto que a gente tem vivido hoje de violência. Em uma situação de erro, a decisão de atirar é tomada em uma fração de segundo". De acordo com Blaz, a corregedoria da Polícia Militar acompanha o caso. Ao deixar a DHBF os agentes envolvidos na abordagem foram ouvidos na Delegacia de Polícia Judiciária Militar.

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