O presidente da FIEMS (Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, sugeriu a criação de um grupo de trabalho integrado pelo governo de Mato Grosso do Sul, a Assembleia Legislativa do Estado e a Federação para discutir a regulamentação do gás natural no Estado. A proposta foi apresentada em reunião entre o presidente da FIEMS, representantes do governo do Estado, da MSGás e a da NFE (New Fortress Energy) / Golar Power e pode ser colocada em prática já na próxima semana.
Na avaliação de Longen, o combustível tem grande relevância para a indústria, principalmente pela proximidade com de Mato Grosso do Sul com a Bolívia, e a regulação do mercado vai permitir que o setor seja mais competitivo no Estado. “O mercado do gás tem grandes demandas do setor industrial porque é um combustível muito utilizado. Então, nosso objetivo é criar já na semana que vem uma comissão para discutimos esse assunto”.
Para o líder empresarial, o gás é ferramenta de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e é importante que essa comissão responda aos principais anseios do empresariado. “O que eu, como empresário e como representante do setor industrial quero saber é qual será o custo, qual a garantia dessa entrega e qual a alíquota do imposto que terei de pagar. Acredito que seja interessante pegarmos modelos de outros estados, como o Amazonas, que tem uma regulamentação bastante elogiada, para servir de base para a nossa regulamentação”.
O diretor executivo da Golar Power no Brasil, Victor Santos Raposo, apresentou os benefícios da instalação do Terminal Gás Sul (TSG), que será instalado em Santa Catarina. O terminal vai possibilitar a conexão entre os mercados brasileiro e global de gás, prover tarifa de transportes menores, e permitir a ampliação da capacidade de transporte do trecho Sul do Gasbol.
Segundo Victor Raposo, a empresa já está se preparando para apresentar uma proposta competitiva na chamada pública da MSGás e já conhece o a modalidade do mercado atual. “Só enxergamos benefícios para o mercado do gás em Mato Grosso do Sul e contem conosco para trabalhar em parceria com o governo do Estado e MSGás para trazer crescimento econômico e benefícios para indústria, Estado e sociedade de modo geral”.
Para o secretário estadual de Meio Ambiente, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, o primeiro trabalho será entender a realidade de Mato Grosso do Sul e o grupo de trabalho, que deve se reunir já na próxima semana, terá como foco a potencialização do uso e competitividade do gás natural. “Pensamos que poderemos ter o gás natural mais barato do Brasil, com novos players no mercado atuando, que começa a funcionar o novo marco regulatório do gás natural”.
Na mesma linha, o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, defendeu a proposta de criar um grupo de trabalho para discutir a regulamentação do gás em Mato Grosso do Sul. “Temos uma discussão importante com o marco regulatório em andamento e grandes investimentos no Estado por parte da MSGás. Então deixo claro nosso comprometimento de deixar junto com a MSGás e demais atores do processo para que a gente tenha alternativas mais adequadas para melhorar a competitividade e para que tenhamos bons resultados”.
Já o presidente da MSGás, Rui Rui Pires dos Santos, destacou que o grupo de trabalho envolvendo o governo do Estado e o setor industrial contribuirá com a melhor atuação do mercado de gás. “Já faz tempo que recebemos a demanda da indústria de trabalhar como cliente livre no mercado e apoiamos 100% essa iniciativa”.
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