Quarta paciente teve reação alérgica, foi internada, mas seu quadro de saúde é estável
Reprodução Rede RecordA Polícia Civil colhe nesta quinta-feira (24) depoimentos dos familiares dos três pacientes que morreram após tratamento oncológico na Santa Casa de Campo Grande (MS).
Em apenas três dias seguidos no mês de julho, três pacientes, de 48, 61 e 72 anos, morreram. A suspeita é de superdosagem em um medicamento. Segundo a direção do hospital, é possível ter havido erro humano na ocorrência dos óbitos. Uma quarta paciente teve reação alérgica, foi internada, mas seu quadro de saúde é estável.
A empresa que presta o serviço de quimioterapia à Santa Casa, o Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, demorou quatro dias — depois da última morte, no dia 12 — para informar à administração do hospital sobre os três óbitos.
Nesses casos, o repasse da informação, ainda que haja apenas uma suspeita de ligação entre as mortes e o tratamento quimioterápico, deve ser feito imediatamente, tanto ao hospital onde o serviço é prestado, quanto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Além da Polícia Civil, uma comissão foi formada por funcionários da Santa Casa e técnicos da Anvisa para investigar os casos. Os trabalhos continuam até sexta-feira (25). O lote do medicamento que matou as três pacientes foi administrado a outras 41 pessoas, que estão sendo ouvidas.
O Centro de Oncologia tem como sócio o médico Adaberto Siufi, investigado pela Polícia Federal na operação Sangue-Frio, acusado de chefiar um esquema para monopolizar e privatizar o serviço de radioterapia em Campo Grande.