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Morte de adolescente em ambulância: médicas prestam depoimento por 7 horas

Segundo o advogado de defesa, as médicas envolvidas no processo optaram por não dar entrevistas por conta do longo tempo de depoimento na delegacia

Folha Vitória|

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As médicas envolvidas no caso da morte do adolescente Kevinn Belo Tomé da Silva, de 16 anos, prestaram depoimento durante sete horas na Divisão Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa. Elas são suspeitas de negligência e omissão.

Kevinn morreu no último dia 30, dentro de uma ambulância, enquanto aguardava por atendimento no Hospital Infantil de Vila Velha (Himaba). O caso revoltou familiares e amigos. A alegação era de que não havia vaga de UTI para o atendimento.

Segundo o advogado de defesa, as médicas envolvidas no processo optaram por não dar entrevistas por conta do longo tempo de depoimento na delegacia. Ele afirmou que elas, em breve, irão se pronunciar sobre o caso para esclarecer tudo o que aconteceu no hospital.

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Ainda segundo o advogado, provas como documentos e registro de ligações para a Central de Regulação de Leitos, que comprovariam a inocência de suas clientes, foram levadas até a polícia.

A defesa ainda afirma que todos os recursos utilizados pelas médicas, uma com 14 e outra com 9 anos de experiência em atendimento pediátrico, foram utilizados na tentativa de salvar a vida do adolescente.

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Sobre as acusações, o advogado informou ser importante entender todo o processo, desde a saída do paciente do Pronto Atendimento da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, até a chegada ao Himaba, em Vila Velha, para que conclusões precipitadas não sejam tomadas.

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O defensor atribuiu o episódio à estrutura do atendimento oferecido à população e afirmou que as duas pediatras também são mães e estão com o emocional e psicológico abalados, mas estão dispostas a colaborar com as autoridades policiais.

O caso ganhou repercussão. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que a unidade tinha condições de atender o paciente, pois havia leitos, profissionais e equipamentos disponíveis. Ainda segundo a Sesa, houve negligência e omissão das duas médicas responsáveis pelo plantão no dia.

"Houve uma omissão de socorro, uma negligência grave, uma falta grave! Não houve falha da administração. Houve, sim, uma falha grave das profissionais assistentes em não acolher o paciente", afirmou o secretário Nésio Fernandes.

Após a fala do secretário de Saúde, a Associação dos Médicos do Estado criticou o posicionamento da secretária e o afastamento das profissionais.

De acordo com a Ames, a secretaria realizou um "pré-julgamento dos médicos envolvidos no caso". A associação afirmou ainda que "o afastamento sumário sem processo administrativo disciplinar para apuração dos fatos, precocemente feita pela Sesa, denota uma tentativa de retirar de si qualquer responsabilidade sobre o caso".

A Secretaria da Saúde informou que abriu auditoria para avaliação de todo o processo que envolve o caso. O processo é sigiloso.

A Polícia Civil informou que a investigação segue em andamento na Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada. 

*Com informações do repórter Fábio Gabriel, da TV Vitória/Record TV

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