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Operação Lama Cirúrgica: médico fecha acordo de delação premiada

Segundo o advogado de Rodrigo Souza Soares, o fechamento do acordo foi um dos motivos do adiamento da audiência de instrução sobre o caso

Folha Vitória|

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O médico Rodrigo Souza Soares, suspeito de envolvimento no esquema de reutilização de materiais hospitalares descartáveis em cirurgias ortopédicas, investigado durante a operação Lama Cirúrgica, fechou um acordo de delação premiada com a Justiça.

O ortopedista é o único réu que permanece preso por envolvimento no esquema. Ele é suspeito de falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e estelionato.

O advogado de Rodrigo, Ludgero Ferreira Liberato dos Santos, conversou com a produção da TV Vitória/Record TV e confirmou o fechamento do acordo. No entanto, não deu detalhes sobre o teor da delação.

Ludgero disse ainda que o acordo fechado por seu cliente foi um dos motivos do adiamento da audiência de instrução e julgamento sobre o caso, que estava marcado para esta sexta-feira (07). Segundo ele, os advogados dos demais réus alegaram que não tiveram acesso ao novo depoimento de Rodrigo, o que prejudicaria a defesa de ambos.

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O outro motivo que levou a juíza Cristina Eller Pimenta Bernardo a remarcar uma nova audiência para o próximo dia 17 foi o fato de que a defesa de outro réu no processo, o também médico Eduardo Araújo Ramalho, alegou que seu cliente não havia sido intimado pessoalmente a comparecer na audiência. Em maio deste ano, o jornalismo da TV Vitória denunciou que Eduardo continuava realizando atendimentos médicos em um hospital público em Aracruz.

Ao todo, mais de 150 testemunhas de acusação e defesa devem ser ouvidas durante toda etapa da audiência de instrução. Advogados envolvidos no processo conversaram com a equipe de reportagem da TV Vitória, na manhã desta sexta-feira, e disseram que acreditam que a sentença só saia no ano que vem.

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"Vai ser bastante longo, a instrução vai demorar bastante tempo. A expectativa é que os trabalhos corram normalmente, a juíza é uma juíza habilidosa, experiente, e a gente acredita que o trabalho vai transcorrer naturalmente", disse o advogado Rivelino Amaral.

"A gente sabe que o Poder Judiciário tem todo o esforço para que o processo tenha celeridade, mas, em razão da quantidade de testemunhas que foram arroladas, provavelmente vai perdurar para o ano que vem", completou o advogado Renan Sales.

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Operação

A operação Lama Cirúrgica investiga empresas e profissionais suspeitos de participação em um esquema de reutilização de materiais descartáveis em cirurgias ortopédicas. Ao todo, nove pessoas já foram denunciadas por diversos crimes, como estelionato, falsificação e organização criminosa.

Quatro deles são médicos, que respondem, entre outras coisas, por terem utilizado materiais cirúrgicos reprocessados em no mínimo 52 cirurgias, de acordo com o Ministério Público Estadual (MPES).

CRM-ES

O Conselho Regional de Medicina no Espírito Santo (CRM-ES) informou que está apurando os fatos, para verificar se há indícios de infração ao Código de Ética Médica. Como os procedimentos tramitam em sigilo, o Conselho disse não pode dar detalhes da apuração.

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