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Preso por roubo de ouro já foi do conselho do Aeroporto de Guarulhos

Patrício foi eleito pelos colegas de trabalho para representa-los no Conselho de Administração da GRU Airport

Folha Vitória|

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Peterson Patrício, de 33 anos, um dos presos suspeitos de participação no roubo de 718,9 kg de ouro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, já foi membro do Conselho de Administração da GRU Airport, empresa que coordena o aeroporto.

De acordo com uma ata da assembleia, realizada no dia 28 de abril de 2014 e obtida com exclusividade pelo R7, Patrício foi eleito pelos colegas de trabalho para representa-los no Conselho de Administração da GRU Airport.

Além de Patrício, outras oito pessoas também foram nomeadas para o conselho, com mandato entre 28 de abril de 2014 a 28 de abril de 2016. Na ocasião, também foram escolhidos três funcionários para o Conselho Fiscal da companhia.

No sábado (27), a Polícia Civil de São Paulo prendeu o funcionário sob suspeita de envolvimento no roubo milionário. Neste domingo, o órgão prendeu outro também funcionário pelo mesmo crime. Dias antes, na quinta-feira (25), um grupo de seis pessoas roubou uma carga de 718,9 kg de ouro do Terminal de Carga e Exportação. A ação ocorreu em menos de três minutos e ninguém se feriu, assim como nenhum tiro foi disparado.

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Em seu perfil profissional numa rede social, Patrício se apresenta como "responsável pela supervisão dos armazéns de exportação, importação, cargas perigosas e courier" e, como membro do conselho, ele participava da tomada de decisões de investimentos acima de R$ 5 milhões feitas pela GRU Airport.

Além disso, Patrício diz que fazia o "acompanhamento de todas as terceirizadas atuantes nos terminais" e que “coordenava toda rotina operacional e administrativa" e “os indicadores de desempenho e acompanhamento de metas sugeridas pela CIA e cumprimento delas."

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A reportagem do R7 questionou a GRU Airport sobre o histórico de Patrício enquanto funcionário e membro do conselho, assim como se o mesmo tinha acesso a questões confidenciais da empresa.

Em nota, a empresa não respondeu nenhum dos questionamentos. Disse que "cumpre todas as normas internacionais e práticas de segurança pertinentes à segurança aeroportuária". A empresa ressaltou, ainda, que "todas as informações referentes ao episódio ocorrido no último dia 25, no Terminal de Cargas do Aeroporto, estão sendo repassadas à Polícia Civil, que está liderando as investigações".

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Roubo

Na tarde de quinta, um grupo de assaltantes levou cerca de três minutos para roubar 718,9 kg de ouro, no Terminal de Carga e Exportação. A carga, estimada em R$ 120 milhões, seria embarcada em aviões para Zurique, na Suíça, e Nova York, nos Estados Unidos, segundo o aeroporto.

Minutos depois, as polícias Militar, Civil e Federal se reuniram em uma sala de crise, no próprio aeroporto, para discutirem rota de fuga dos suspeitos, possível prisão dos envolvidos e recuperação da carga. Quatro carros foram utilizados para o roubo milionário, e dois, que eram viaturas clonadas da PF, foram apreendidos.

A ação, considerada cinematográfica, não deixou feridos e nenhum tiro foi disparado.

Até o momento, a carga ainda não foi recuperada e dois homens foram presos. O primeiro preso foi o aeroviário Peterson Patrício, de 33 anos – sua prisão ocorreu na noite de sábado (27). De acordo com as investigações, ele confessou sua participação no roubo milionário. Ele, inclusive, afirmou ter sido refém durante o roubo.

O outro suspeito preso, por sua vez, não teve o nome revelado. Ele estava detido no DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) neste domingo, até que sua prisão fosse decretada pela Justiça – a expedição ocorreu no final da tarde.

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