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Taxa de eficácia da Coronavac não muda planos do governo do ES de adquirir vacina, diz secretário

Secretário ressaltou que o imunizante é seguro, produzido com uma tecnologia já conhecida e que pode causar, no máximo, eventos adversos leves

Folha Vitória|

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O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, garantiu que o fato de a taxa de eficácia geral da Coronavac contra a covid-19 ter ficado em 50,38% não altera a decisão do governo do Estado de adquirir doses da vacina, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, caso seja necessário e caso haja doses disponíveis para o Espírito Santo.

Em um vídeo divulgado nesta terça-feira (12), o secretário ressaltou que o imunizante é seguro, produzido com uma tecnologia já conhecida e que, na pior das hipóteses, pode causar, no máximo, eventos adversos leves. Para o secretário, a vacina pode muito bem ser aplicada em toda a população brasileira, para o combate ao coronavírus.

"Por ter uma eficácia superior a 50%, poderá garantir uma imunidade coletiva capaz de vencer a pandemia ainda no ano de 2021 e salvar vidas, reduzir os casos, reduzir as internações e reduzir os óbitos por coronavírus em nosso país", frisou.

O secretário reafirmou a intenção do governo estadual de iniciar a imunização da população capixaba ainda neste mês. "Para poder ter uma imunização coletiva satisfatória, serão pelo menos seis meses de campanha de imunização ainda ao longo deste ano. Nós iremos iniciar a campanha de vacinação, possivelmente na última semana do mês de janeiro".

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Nésio Fernandes também destacou a importância da população continuar cumprindo as normas de segurança contra o coronavírus enquanto a vacina não chega. "É necessário que a população entenda que o uso de máscaras, o lavar das mãos, o distanciamento social precisarão ser preservados até termos uma importante parcela da população brasileira imunizada por meio da vacinação contra a covid-19".

Eficácia e segurança

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Durante o anúncio sobre a eficácia geral da Coronavac, nesta terça-feira, o diretor médico de Pesquisas Clínicas do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, destacou que a vacina é capaz de controlar a pandemia do novo coronavírus no Brasil. "Em relação à eficácia global de análise primária, nós tivemos o cumprimento das exigências. Temos uma vacina que consegue controlar a pandemia através desse efeito esperado, que é a diminuição da intensidade da doença clínica", afirmou.

"A vacina é extremamente segura. Ninguém vai virar outra coisa além de um ser humano protegido e imunizado quando tomar a vacina", completou o diretor do Instituto Butantan.

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De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), vacinas com eficácia de pelo menos 50% podem ser utilizadas em programas de imunização durante a pandemia, devido à urgência em controlar o vírus e a incidência de quadros graves da covid-19.

"Isso quer dizer que quem tomou a vacina teve 50% menos chances de desenvolver qualquer sintoma quando ela for infectada. Isso já é muito bom. Se a gente tivesse dez pessoas, cinco não iam desenvolver nada. Então você já tem esse impedimento de transmissão", ressaltou a professora da Universidade Federal do Espírito Santo e pós-doutora em epidemiologia, Ethel Maciel.

A taxa divulgada pelo Instituto Butantan nesta terça-feira é diferente da anunciada na semana passada, que apontava eficácia mínima de 78%. No entanto, segundo especialistas, isso não significa que a vacina não funciona.

"Os que tomaram a vacina e se infectaram, reduziu em 78%, comparando com outro, a chance de precisar ir para o hospital. Então, foi uma doença leve. Agora, entre aqueles que tomaram a vacina e aqueles que tomaram placebo, em relação à hospitalização, chegou a 100%. Então, mesmo que alguém se infectar e desenvolver um quadro muito leve, a gente não teria tanto problema. O importante é a gente impedir aquela progressão para doença grave, e nisso a vacina foi muito eficaz", afirmou Ethel Maciel.

A epidemiologista também reforça que a vacina é segura e que a taxa de eficácia divulgada nesta terça deve ser bem recebida pela população. "Ela não apresentou nenhum evento grave. Os voluntários que tomaram a vacina tiveram apenas dor no local — coisas que a gente já está acostumado quando toma algumas vacinas —, uma leve dor de cabeça, mas nada grave, nada que precisou de internação. Então a vacina é muito segura e os resultados sobre essa eficácia, principalmente contra esses casos que precisam de hospitalização, estão muito animadores, porque nos dão a esperança de que a gente vai poder diminuir, impedir essa escalada de mortes da covid-19", destacou.

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