Familiares
das vítimas do incêndio da boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria
(RS), vão ingressar nesta quarta-feira (27), data dos três anos da tragédia,
com uma denúncia na Corte Interamericana de Direitos Humanos. O objetivo é a
responsabilização do Estado brasileiro pela violação do direito à Justiça
Luca Erbes/Futura Press/Estadão Conteúdo
"Não
houve responsabilização dos agentes públicos. O Estado brasileiro, o Estado do
Rio Grande do Sul, a Prefeitura de Santa Maria e o MP (Ministério Público) não estão sendo
processados. Só foram responsabilizadas quatro pessoas privadas. Mas ninguém
pela responsabilidade pública da tragédia", explica a advogada Tâmara
Biolo Soares, representante da AVTSM (Associação de Vítimas e Sobreviventes da
Tragédia de Santa Maria)
Luca Erbes/Futura Press/Estadão Conteúdo
A
denúncia aponta para a suposta negligência das autoridades em relação aos
riscos que o prédio da boate oferecia. Na madrugada do dia 27 de janeiro de
2013, um artefato pirotécnico foi acendido dentro do local. As chamas e a
fumaça tóxica da queima da espuma de isolamento acústico se espalharam
rapidamente, matando 242 pessoas e ferindo mais de 600
Luca Erbes/Futura Press/Estadão Conteúdo
"A
Corte pode condenar o Brasil ao pagamento de indenizações e medidas de
satisfação e não repetição do ocorrido. Nos importa muito combater a impunidade
para que isso não volte a acontecer", explica a advogada