O vigilante Thiago
Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, que é apontado como o autor de 39 mortes
em Goiânia, decidiu falar novamente durante
a audiência na Justiça. Ele disse que foi forçado a confessar vários crimes e não admite a totalidade dos assassinatos dos quais é suspeito. O serial killer disse ainda não se lembrar precisamente quem o coagiu durante depoimento na
delegacia e informou apenas que foram homens
Divulgação/Polícia Civil de Goiás
Thiago ainda informou que um sentimento muito forte o
obrigava a cometer homicídios. Antes dos assassinatos, ele contou que passava o
dia inteiro no bar. O vigilante ainda negou participação na morte do açougueiro
Adaílton Santos Faria
Montagem/R7
Goiânia passou por um
período de terror depois que as mortes começaram a acontecer no ano passado. Jovens
eram abordadas em pontos de ônibus na capital e mortas a tiros. Um motoqueiro se aproximava, atirava e fugia sem levar nada
Montagem/R7
No fim do ano passado, a polícia prendeu o
vigilante. Na casa dele, na capital, foram encontrados um
revólver, uma moto e recortes de jornais com notícias sobre os assassinatos de
moradores de rua. Os investigadores chegaram ao vigilante a partir de imagens
registradas por várias câmeras de segurança. Entre
as vítimas, estão moradores de rua, mulheres e homossexuais
Reprodução/Rede Record
O vigilante foi identificado em imagens
registradas por câmeras de segurança no dia 12 de outubro, perto de uma
lanchonete em que uma mulher foi agredida por um motociclista. Segundo
testemunhas, o motociclista
tentou atirar na vítima, mas a arma falhou. Então, ele chutou
a boca da jovem e fugiu
Montagem/R7
Se Thiago for condenado em
todos os casos, a soma das penas pode passar de 300 anos. Mas, mesmo
condenado, ele não poderia cumprir todos os anos porque a lei brasileira não
permite que uma pessoa fique presa por mais de 30 anos
Reprodução/Rede Record
Em fevereiro deste ano, um
laudo divulgado pela Junta Médica do Tribunal de Justiça de Goiás apontou que
Thiago teria transtorno de personalidade
antissocial
Reprodução/Rede Record
De acordo com os
psiquiatras que assinam o laudo, “mesmo apresentando tal condição na época dos
crimes”, Rocha podia compreender “o caráter ilícito dos fatos” que cometeu
Reprodução/Rede Record
A avaliação médica indica
ainda que o suspeito “tende a se retrair do convívio interpessoal, sem
vivenciar trocas afetivas significativas com outras pessoas, isolando-se
socialmente. Essa dificuldade de estabelecer relações, a insensibilidade
afetivo-emocional e a desconsideração pelos sentimentos, direitos e bem-estar
dos outros configuram como características que, associadas, estão relacionadas
a prejuízos em sua formação ética e moral”