Mato Grosso deve 42,99% da sua receita consolidada líquida (RCL), o que corresponde a R$ 6,5 bilhões. Esse valor é a soma de empréstimos e financiamentos, precatórios vencidos e demais dívidas. Apesar do valor alto, o estado é o 16º em percentual de endividamento, em relação à RCL, sendo o limite permitido por lei de 200% da RCL.
Para se chegar a esse percentual são somadas as receitas do estado - formadas por impostos, transferências da União, etc - e se subtrai as contribuições pagas dos servidores (Previdência) e outros pagamentos obrigatórios. Dessa primeira conta, é retirado o valor que o Estado tem guardado e as aplicações e ativos (investimentos). Essa conta final mostra o tamanho da dívida consolidada líquida.
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No Brasil, o estado que mais deve é o Rio de Janeiro, que deve 262% de sua receita consolidada líquida, e o Rio Grande do Sul, que tem dívidas de 222% da sua RCL. Entre os endividados, o Amapá é o que menos deve, com apenas 1,25% de sua receita comprometida com dívidas.
Segundo dados do Tesouro Nacional, na comparação entre os municípios, quem mais tem dívidas é Várzea Grande, com 41,87%. Na outra ponta da tabela, quem está com o caixa mais positivo é Carlinda (762 km ao Norte), que tem caixa quase duas vezes maior que as suas dívidas (94,8%).
Em valores brutos, a maior dívida é da Capital, que tem R$ 618, 4 milhões a pagar. Já quem menos deve é Sorriso (420 km ao Norte), que tem R$ 169,3 milhões sobrando nos cofres públicos.