Um grupo de assaltantes explodiu uma fábrica de joias em Cotiporã, no Rio Grande do Sul, e tomou mais de dez pessoas como reféns neste domingo (30), segundo informou o Comando Regional de Polícia Ostensiva da Serra, CRPO/Serra.
Pelo menos três assaltantes morreram na perseguição, entre eles está Elisandro Rodrigo Falcão, considerado o criminoso mais procurado do Estado, por chefiar um grupo que utiliza explosivos para assaltar bancos, veículos blindados e caixas eletrônicos.
Segundo o CRPO, no confronto com os bandidos, dois policiais ficaram feridos e mais de dez pessoas que estavam nas ruas foram feitas reféns e levadas em uma caminhonete.
O assalto começou por volta das 2h deste domingo, quando cerca de dez homens armados invadiram a fábrica de joias. O grupo usou explosivos para detonar a empresa.
Ao ser alertada, a polícia iniciou a perseguição, em um primeiro confronto, três criminosos morreram e dois agentes sofreram ferimentos de bala sem gravidade.
Pelo menos seis integrantes da quadrilha seguem foragidos no meio do mato, na região da Serra. Os assaltantes tomaram como reféns pelo menos dez pessoas que estavam em um bar próximo à fábrica de joias e em uma casa na área rural para utilizá-los como escudos e impedir a aproximação da polícia.
Segundo o Subcomandante-geral da Brigada Militar, o coronel Altair de Freitas, a corporação já esperava algum ataque nesta época do ano em virtude do "modus operandi" da quadrilha. Por isso, áreas mais ermas do Estado foram reforçadas, especialmente à noite.
Os dois policiais que ficaram feridos, foram atendidos no Hospital de Veranópolis e serão transferidos para Caxias do Sul. Eles não correm risco de morte.
Operação de busca
O grupo fugiu rumo a uma região florestal próxima de Cotiporã, onde estão concentradas as buscas. Entre os reféns estão duas mulheres que estavam em um bar e cinco membros de uma mesma família, incluindo uma criança de cinco anos, tirados à força de sua casa.
"Nossa maior preocupação é resgatar os reféns com vida", afirmou o capitão Juliano Amaral, um dos cerca de 200 membros da Polícia Militar do Rio Grande do Sul que participam da perseguição com o apoio de um helicóptero.
Segundo as autoridades, mais de cem policias estão no local trabalhando nas operações de buscas, o 1º GOE, Grupo de Operações Especiais, de Porto Alegre, 3º GOE de Passo Fundo e todas as Brigadas Militares da região serrana.
"A prioridade das autoridades é a vida dessas pessoas. O comando [da polícia] tem que atuar com tranquilidade", disse por sua parte o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, em declarações a uma rádio local.