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Guia aponta bares e baladas "machistas" no Brasil

Cerca de 40 estabelecimentos já integram a lista de locais que não se posicionaram após abusos

Cidades|Giorgia Cavicchioli, do R7

Blog colaborativo está reunindo relatos de casos de abuso
Blog colaborativo está reunindo relatos de casos de abuso Blog colaborativo está reunindo relatos de casos de abuso

Pensando em inibir situações de abuso em festas e casas noturnas, o blog colaborativo Eu, Tu, Elas criou um guia de denúncias de casos de machismo em bares e baladas de cidades brasileiras.

Para fazer a denúncia, as vítimas devem preencher um formulário dizendo o nome do estabelecimento, a data e o abuso que sofreram, e se houve algum posicionamento do bar. As respostas do formulário vão direto para uma planilha.

A estudante de jornalismo Helô D'Angelo conta que teve a ideia após o caso do bar Quitandinha, na Vila Madalena, em São Paulo. No episódio, uma garota sofreu assédio de frequentadores do local.

Helô afirma que ficou horrorizada quando ficou sabendo do acontecido com a menina, que fez a denúncia via redes sociais.

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— Percebi que não ia dar em nada e realmente não deu. Percebi, pior ainda, que estamos de mãos atadas, que um textão no Facebook pode, no máximo, evitar que amigas nossas vão para esses lugares, e só. Então tive a ideia de criar esse guia colaborativo.

A estudante diz que, dentro do formulário a ser preenchido, existe um espaço para que as mulheres digam se o bar ou a balada se posicionaram a respeito do abuso. Segundo ela, a ideia é denunciar “para que as meninas fiquem de olho nesses lugares” e não difamar os estabelecimentos.

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Porém, ela afirma que, em nenhum desses casos, houve uma retratação formal dos locais. Helô diz que “os [estabelecimentos] que se retratam oferecem uma entrada grátis, uma cerveja, mas nunca uma desculpa pública”.

Até o momento, a lista tem cerca de 40 bares e baladas "machistas". Porém, a organizadora diz que o projeto vem crescendo com o apoio de outras mulheres.

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— A ideia é que os bares e baladas, aos poucos, percebam que esse tipo de abuso não é coisa pouca. É para que as mulheres vejam que elas podem muito bem boicotar esses lugares. Não é para difamar, veja bem, é para organizar melhor as mulheres, para divulgar as informações do que acontece com frequência por aí.

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