O juiz da 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, Leonardo Fleury Curado Dias, negou pedido de conversão da prisão temporária em preventiva de George Araújo de Souza, dono de uma pizzaria na Vila Alzira e autor dos disparos que mataram a menina Kerolly Alves Lopes. O pedido foi feito pelo MP (Ministério Público). Além disso, o magistrado mandou expedir o alvará de soltura de Souza, o que aconteceu nesta terça-feira (28), após ele passar cerca de 20 dias detido.
Para Leonardo Fleury, a repercussão dada ao fato e o clamor público não são suficientes, por sí só, para justificar a prisão. Ele observou que as investigações do inquérito policial foram concluídas e, ainda, que o indiciado demonstra não pretender se ausentar de sua culpa ou estar ameaçando testemunhas. O magistrado também afirmou que não há indícios de que o comerciante pode praticar nova infração, motivo pelo qual negou a prisão preventiva.
Souza se apresentou de forma espontânea à polícia, confessou a prática do crime, mas não apresentou a arma utilizada nem foi localizado posteriormente para prestar novos depoimentos, por isso teve sua prisão temporária decretada.
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O crime
O dono de uma pizzaria atingiu uma menina de 11 anos durante uma discussão com o pai da garota. O crime aconteceu no dia 27 de abril. O comerciante, George Araújo de Souza e o pai da criança, Sinomar Firmino Lopes, haviam brigado meses por causa da demora na entrega de uma pizza.
No dia do crime, Lopes foi até a pizzaria de Souza para tirar satisfação. Ele havia sido informado que o comerciante teria comprado uma arma para matá-lo. Chegou lá de carro, com as filhas, orientando-as a permanecerem dentro do veículo enquanto discutia com George.
Os dois iniciaram uma discussão e o comerciante sacou a arma, momento em que as meninas saíram do veículo para tentar proteger o pai. Na briga, Souza disparou duas vezes. Os disparos atingiram a cabeça e a perna de Kerolly. A menina ficou internada por dez dias em estado gravíssimo no Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia) e morreu no dia 6 de maio.
Souza fugiu após o crime. Ele teve prisão temporária decretada no dia 30 de abril e se entregou à polícia no dia 6 de maio. Ele foi autuado por homicídio duplamente qualificado.
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