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Itaipu abre comportas e oferece espetáculo único neste domingo

Será o maior vertimento de água já registrado este ano

Cidades|Da Agência Brasil

Depois de pouco mais de quatro anos, Itaipu volta a ter todas 14 comportas das três calhas abertas
Depois de pouco mais de quatro anos, Itaipu volta a ter todas 14 comportas das três calhas abertas Depois de pouco mais de quatro anos, Itaipu volta a ter todas 14 comportas das três calhas abertas

As comportas da central hidrelétrica de Itaipu oferecem espetáculo único neste domingo (22): após mais de quatro anos, a hidrelétrica volta a ter todas as 14 comportas das três calhas abertas.

Neste sábado (21), grande parte das comportas foi aberta, o que produziu um escoamento de 9.468 metros cúbicos de água por segundo. Segundo informações da empresa binacional, situada na fronteira entre Brasil e Paraguai, trata-se do maior vertimento de água já registrado este ano.

De acordo com a empresa, normalmente só uma ou duas calhas são abertas para escoar o excedente de água. Em situações normais de operação da usina, a abertura simultânea de todas as comportas só ocorre em grandes cheias. Neste domingo, a ação destina-se a testes e vai durar cerca de duas horas, das 10h às 12h no horário brasileiro de verão.

A binacional informou que, por este motivo, disponibilizará ônibus extras para a visitação neste domingo. Moradores da cidade de Foz do Iguaçu e região não pagam para fazer a visita panorâmica. Mais informações podem ser conferidas no site da empresa.

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Funcionamento

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Com o reservatório cheio, a usina precisa escoar o excedente de água não usado para a produção de energia elétrica. O resultado provoca um espetáculo no vertedouro, que depois de pouco mais de quatro anos, volta a ter todas 14 comportas das três calhas abertas.

Normalmente só uma ou duas calhas são abertas para escoar o excedente de água. Em situações normais de operação da usina, a abertura simultânea de todas as comportas só ocorre em grandes cheias. Neste domingo, a medida é para testes e vai durar em torno de duas horas, das 10h ao meio-dia, horário brasileiro de verão. O volume vertido deve ser semelhante ao deste sábado, o equivalente a seis vezes à vazão média das Cataratas do Iguaçu, que também oferecem um espetáculo grandioso com as quedas acima do seu nível normal. 

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Essa é uma boa oportunidade para conhecer a usina de Itaipu. Moradores de Foz do Iguaçu e região não pagam para fazer a visita panorâmica. Para este domingo, haverá ônibus extras para a visitação.

É obrigatório apresentar comprovante de residência recente, acompanhado de documento de identificação com foto. Menores de 18 anos podem apresentar comprovante em nome dos pais. O ingresso deve ser retirado no Centro de Recepção de Visitantes, no dia da visita. Outras informações podem ser conferidas no site https://www.turismoitaipu.com.br/pt/ingressos

Itaipu é uma usina a fio d’água

Por ser a última usina do Rio Paraná — a montante, ou acima dela existem quase 50 outras hidrelétricas —, a usina de Itaipu opera a fio d´água, isto é, seu reservatório tem um pequeno volume quando comparado com a vazão do rio. Isto significa que Itaipu não tem como “segurar” a água do Rio Paraná. Toda a água que chega até a barragem volta ao Rio Paraná, seja depois de passar pelas turbinas, seja pelo vertedouro, quando há mais água do que o necessário para produzir energia.

O vertedouro é um sistema de comportas utilizado justamente para escoar toda a água que não é utilizada para produção de energia, quando o reservatório está na cota máxima, isto é, no limite de capacidade de armazenar água. O reservatório opera no sistema de cotas mínima e máxima de armazenamento. A cota máxima é no nível 220,30 metros acima do nível do mar. Até hoje, a cota mínima utilizada por Itaipu foi de 215,35 metros, em 2001, quando a usina precisou operar em carga máxima para atender o setor elétrico brasileiro. Naquele ano, o Brasil chegou a enfrentar um racionamento de energia elétrica.

A partir do nível máximo, de 220,30 metros acima do nível do mar, há pouca possibilidade de Itaipu segurar a água no reservatório, sob risco de comprometer os equipamentos da usina. Por isto, a água precisa ser vertida. Portanto, toda a água que chega do Rio Paraná ao reservatório, a montante (acima), volta ao Rio Paraná a jusante (abaixo) da usina.

Monitoramento

A Comissão de Cheia vai permanecer monitorando e avaliando a situação, com a divulgação de boletins permanentes de alertas hidrológicos com dados atualizados. Essas informações são compartilhadas com instituições competentes para que as medidas sejam adotadas de forma preventiva.

Para este sábado, a previsão é que 40 moradias poderiam ser afetadas no bairro paraguaio de San Rafael, em Hernandárias, com a elevação do nível rio Paraná, na região da Ponte da Amizade, que chegou a 113,3 metros. O normal ali é 109 metros.

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