A Justiça de Mato Grosso decidiu mandar de volta à prisão a manicure Lúbia Camilla Pinheiro Gorgete, de 26 anos. Acusada de integrar uma quadrilha de roubo a banco no Mato Grosso, Lúbia gostava de ostentar viagens de luxo e carros importados nas redes sociais. As informações são do portal da Record TV Cuiabá, Gazeta Digital.
A decisão de mandar a manicure para trás das grades partiu da juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda. A manicure havia sido presa em maio, durante a Operação Luxus da Polícia Civil, mas ganhou o benefício da prisão domiciliar depois que a Justiça entendeu que ela era a única responsável pelos filhos.
A magistrada, porém, decidiu rever a decisão porque os filhos de Lúbia estariam sob os cuidados dos avós — e não dela. Os avós possuem a guarda de uma das crianças e já solicitou à Justiça a guarda da outra.
A juíza explica, na decisão de mandar a manicure de volta para a cadeia, com base em acusação do Ministério Público, que “alguns seriam os responsáveis pela execução operacional dos crimes, enquanto outros por prestar auxílio, material, logístico, moral e na ocultação de armas, ao grupo criminoso nas ações perpetradas”.
Ainda segundo o despacho, “também teriam sido identificados membros responsáveis pela ocultação de supostos valores arrecadados durante as empreitadas criminosas e por repassar informações sobre o planejamento de possíveis ações criminosas”.
Operação Luxus
No início de maio, a Polícia Civil do Mato Grosso cumpriu 22 mandados de prisão preventiva e 14 buscas e apreensão contra membros de uma organização criminosa que agiu em roubos e furtos de, pelo menos, dez agências bancárias do Estado de Mato Grosso.
Os mandados foram expedidos Sétima Vara Criminal e pela Vara Criminal da comarca de Poconé (104 km ao Sul), em três inquéritos — por isso, alguns dos alvos tiveram mais de um mandado de prisão decretados.
Os bandidos quebravam a parede e desligavam do alarme dos bancos. Quando entravam nas agências, roubavam os cofres em ações praticadas, geralmente, aos finais de semana. Segundo a polícia, a quadrilha deixava um rastro de destruição nas instalações físicas das agências e a população sem os serviços bancários.