Manifestantes se reúnem neste domingo (17) em frente ao hipermercado onde um jovem foi morto por um segurança, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Um funcionário do estabelecimento estrangulou o rapaz, que morreu após duas paradas cardiorrespiratórias na última quinta-feira (14).
Além do ato do Rio Janeiro, outras manifestações foram marcadas em Belo Horizonte, São Paulo, Fortaleza, Mato Grosso do Sul e Recife. Nas redes sociais, dezenas de fotos das manifestações foram postadas com a hashtag #VidasNegrasImportam.
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Em nota, o Extra afirma que repudia veemente qualquer ato de violência em suas lojas. A empresa diz ainda que abriu uma investigação interna e “constatou de forma inicial que se tratou de uma reação a tentativa de furto a arma de um dos seguranças da unidade da Barra da Tijuca”.
Entenda o caso
O jovem, de 19 anos, teria agredido o segurança e tentado roubar sua arma, segundo a equipe terceirizada de vigilância da rede de hipermercados Extra. A versão foi confirmada pela assessoria da empresa, durante uma apuração preliminar. A polícia, no entanto, não confirmou a informação.
Um dos clientes do mercado filmou o momento em que o segurança aplica o golpe conhecido como “mata-leão”. As pessoas no local pedem para que o funcionário terceirizado pare, mas outros membros da equipe de vigilância apenas tentam impedir a gravação.
O Corpo de Bombeiro socorreu o jovem, que foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, ainda na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos.
O segurança foi levado até a 16ª DP (Barra da Tijuca) e posteriormente à DH-Capital (Delegacia de Homicídios). Após pagar a fiança, foi liberado e responderá por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.