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Ministério Público denuncia dois suspeitos de fraudar leite no RS

Essa é a primeira denúncia após a operação desarticular um esquema de adulteração

Cidades|

Todas as marcas de leite envolvidas em problemas de contaminação são produzidas no Rio Grande do Sul
Todas as marcas de leite envolvidas em problemas de contaminação são produzidas no Rio Grande do Sul Todas as marcas de leite envolvidas em problemas de contaminação são produzidas no Rio Grande do Sul

Dois suspeitos de participar das fraudes de leite no Rio Grande do Sul foram denunciados nesta quarta-feira (15), pelo Ministério Público do Estado. Essa é a primeira denúncia após a Operação Leite Compensado do MP desarticular um esquema de adulteração de leite in natura por empresas responsáveis pelo transporte do produto.

Os denunciados são Luis Vincenzi e Leandro Vincenzi, sócios-proprietários da empresa LTV - Indústria e Comércio de Laticínios LTDA, localizada na cidade de Guaporé. Pai e filho são suspeitos de crime de adulteração de produto alimentício destinado a consumo tornando-o nocivo à saúde.

Para aumentar o volume e o prazo de validade do produto e, consequentemente o lucro da empresa, as transportadoras adicionavam ureia (que contém formol, um elemento considerado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde) ao leite. No caso da LTV, o MP apurou que entre 2011 e 2013, Luis e Leandro Vincenzi adulteraram a bebida em diversas ocasiões.

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Segundo as investigações, uma mistura química de água e ureia era colocada nos tanques de coleta dos caminhões antes mesmo do leite ser recolhido com os produtores. Em todas as análises do leite cru refrigerado da LTV foi constatada a presença de formol.

Para o promotor Mauro Rockenbach, Leandro Vincenzi, administrador da empresa, que já está preso, era responsável pela articulação da fraude. Já o seu pai ficava encarregado da parte logística do esquema: ele observava a movimentação dos funcionários do Ministério da Agricultura e, em caso de fiscalização, orientava os motoristas que transportam o produto adulterado.

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De acordo com as notas fiscais emitidas pela Secretaria da Fazenda, constatou-se que tanto Luis Vincenzi quanto a empresa investigada adquiriram ureia e formol nos últimos dois anos, sendo que a última compra tem registro de 5 de março.

O MP acredita que a adulteração de leite no Estado gaúcho ocorra há pelo menos quatro anos. As evidências de fraude apareceram em um levantamento da Receita Estadual, que revelou que as aquisições de ureia por empresas de transporte de leite se intensificaram a partir de 2009. A promotoria afirmou que novas denúncias serão oferecidas contra outros envolvidos no esquema nos próximos dias.

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