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Montagem/R7O Ministério Público confirmou que a promotora Kátia Peixoto pediu ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) a instauração de um novo inquérito a partir do depoimento de uma testemunha do caso Isabella Nardoni. O pedido foi feito na tarde de terça-feira (16).
No dia 2 de dezembro, uma funcionária do sistema prisional teria acusado o advogado Antônio Nardoni, pai de Alexandre Nardoni, de estar envolvido com o crime.
A mulher diz ter ouvido a versão da madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, no presídio de Tremembé, onde ela cumpre pena. A nova testemunha teria ouvido da madrasta detalhes do dia do crime.
O casal teria ido ao supermercado, com Isabella, e passado por nervosismo quando o cartão não passou no caixa. Já no carro, a madrasta começou a agredir a menina "porque ela não parava de encher o saco" — palavras que, segundo a mulher, a própria Anna teria utilizado quando fez o relato.
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Ainda segundo o depoimento, quando chegaram ao apartamento, na zona norte de São Paulo, eles pensavam que a menina já estaria morta. Foi quando, de acordo com a mulher, Anna decidiu ligar para o sogro.
— Falou para o sogro que matou a menina e ele falou: "Simula um acidente. Senão, vocês vão ser presos". Aí, tiveram a ideia de jogar a menina pela janela. Que o Alexandre só jogou a filha porque acreditava que ela estivesse morta e que ele teria ficado em estado de choque ao descer do prédio e perceber que a menina estava viva.
O advogado Antonio Nardoni nega essa versão. A testemunha agora é protegida pelo Ministério Público.
Quando o caso foi julgado, em 2010, a versão dos promotores relatava que a menina foi asfixiada em 29 de março de 2008 pela madrasta e depois jogada pela janela do 5º andar pelo pai, Alexandre Nardoni. Anna Jatobá foi condenada a 26 anos e Alexandre, a 31 anos de prisão.