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MP pede que inquéritos contra dois indiciados por incêndio na boate Kiss sejam arquivados

Promotoria alegou que não há provas contra os dois servidores municipais

Cidades|Do R7

O incêndio deixou 241 pessoas mortas
O incêndio deixou 241 pessoas mortas O incêndio deixou 241 pessoas mortas (Deivid Dutra/ESTADÃO CONTEÚDO)

O Ministério Público do Rio Grande do Sul pediu à Justiça que determine o arquivamento dos inquéritos contra dois funcionários da Prefeitura de Santa Maria indiciados por homicídio culposo — sem intenção de matar —, no caso do incêndio na boate Kiss, em janeiro deste ano. Para os promotores, não há “prova de que [eles] tenham agido com culpa penalmente punível”. Sete pessoas respondem criminalmente pelas 241 mortes.

A decisão foi feita após os advogados do secretário de Mobilidade Urbana, Miguel Caetano Passini, e do responsável pela fiscalização da secretaria, Beloyannes Orengo de Pietro Júnior apresentarem a defesa preliminar. Os defensores do músico Luciano Bonilha Leão e do sócio da Kiss, Mauro Hoffmann, haviam pedido a revogação das prisões preventivas. Os promotores Joel Dutra e Maurício Trevisan recomendaram que eles não sejam soltos.

— A prisão preventiva faz-se necessária, tendo a decisão que a decretou sido extensa e muito bem fundamentada, demonstrando a necessidade das segregações frente às circunstâncias fáticas, agregando-se que o quadro que a ensejou segue o mesmo e a persecução penal transcorre em atenção ao princípio constitucional da duração razoável do processo, consideradas as peculiaridades do caso concreto.

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Presos 

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Desde o dia 28 de janeiro, dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira — o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Augusto Bonilha Leão — estão presos. O grupo, que se apresentava na casa noturna no momento da tragédia, teria usado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se alastraram em poucos minutos. Dois sócios da Kiss, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, também estão na cadeia. 

Entenda o caso

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O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, a 290 km de Porto Alegre, aconteceu na madrugada do dia 27 de janeiro e deixou 241 mortos e mais de cem feridos. O público participava de uma festa organizada por estudantes da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). O fogo teria começado quando a banda Gurizada Fandangueira se apresentava. Segundo testemunhas, durante o show foi utilizado um sinalizador — uma espécie de fogo de artifício chamado "sputnik" — que, ao ser lançado, atingiu a espuma do isolamento acústico, no teto da boate. As chamas se alastraram em poucos minutos.

A casa noturna estava superlotada na noite da tragédia, segundo o Corpo de Bombeiros. O incêndio provocou pânico e muitos não conseguiram acessar a única saída da boate. Os proprietários do estabelecimento não tinham autorização dos bombeiros para organizar um show pirotécnico na casa noturna. O alvará da casa estava vencido desde agosto de 2012.

Esta é considerada a segunda maior tragédia do País depois do incêndio do Grande Circo Americano, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Em 17 de dezembro de 1961, o circo pegou fogo durante uma apresentação e deixou 503 mortos.

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