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Polícia de Goiás pede à população que evite divulgar boatos sobre assassinatos

Receio teme que alguém sofra linchamento sendo inocente, como caso de Guarujá (SP)

Cidades|Da Agência Brasil, com o R7

Ao menos 15 mulheres foram mortas em condições parecidas em GO
Ao menos 15 mulheres foram mortas em condições parecidas em GO Ao menos 15 mulheres foram mortas em condições parecidas em GO

Às voltas com as investigações para esclarecer 15 assassinatos similares de mulheres entre 14 e 29 anos, a Polícia Civil de Goiás pede que as pessoas sejam criteriosas ao usar as redes sociais para comentar o assunto e evitem compartilhar falsas informações. O receio é que a divulgação de boatos e suspeitas infundadas gere pânico entre a população e se repita um episódio como o que aconteceu em maio, no Guarujá (SP), quando uma dona de casa foi linchada após ter sido confundida com uma sequestradora de crianças.

O coordenador de comunicação da Polícia Civil goiana, delegado Norton Luiz Ferreira, falou sobre o assunto. 

— Nos preocupa a veiculação de imagens não divulgadas pela Polícia Civil ou tiradas de contexto. Orientamos as pessoas a não fazerem isso a fim de evitarmos a possibilidade de um episódio como o ocorrido na Baixada Santista.

Crimes em GO: entenda como o assassino aborda as mulheres

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Polícia já tem retrato falado de suspeito de matar uma das vítimas de Goiânia

Desde maio, quando a hipótese de que uma única pessoa estaria por trás dos assassinatos, em Goiânia (GO), comentários se propagam pela internet: desde a certeza de que se trata de um assassino em série, até denúncias de que o criminoso pilota uma moto preta e que, nos últimos dias, estaria agindo também em Brasília (DF).

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Informações não confirmadas são disseminadas como fatos, alarmando a população e fazendo com que algumas pessoas alterem sua rotina.

Desde quinta-feira (7), por exemplo, comentários sobre a prisão do assassino e sobre a divulgação, pela Polícia Civil, de um retrato falado do criminoso foram publicados no Facebook, Twitter e em sites goianos. Segundo o delegado, a imagem foi sim divulgada pela Polícia Civil, mas, até o momento, o homem retratado é suspeito de envolvimento em um único crime - o homicídio da assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, 26 anos, baleada por um motoqueiro durante suposto assalto, em março deste ano.

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O caso de Ana Maria é tratado como o segundo, dentre os 15 assassinatos de mulheres ainda não esclarecidos. Como em outros casos, um motociclista a abordou, sacou uma arma e disparou. Testemunhas garantem que o criminoso anunciou o assalto - ao contrário de outros casos, em que nada foi levado das vítimas. 

Embora não descarte a hipótese de um assassino em série, a força-tarefa composta por sete delegados, 30 agentes de polícia e dez escrivães designados para esclarecer os casos não acredita que os homicídios tenham sido cometidos por uma única pessoa. Entre os motivos que reforçam a hipótese está o fato de que, nos depoimentos já colhidos, testemunhas citam motocicletas de diferentes marcas e cilindradas. Além disso, as características físicas dos suspeitos também divergem.

— A Polícia Civil está tomando todas as providências necessárias para esclarecer todos esses casos. Todos os laudos estão sendo confeccionados e suspeitas apuradas, mas estamos procurando preservar o sigilo das investigações. Já temos suspeitos e mandados foram expedidos. Mais detalhes só vão ser divulgados no momento oportuno.

A Polícia Civil de Brasília também informou que não passam de boatos as mensagens de que, nos últimos dias, o criminoso goiano estaria cometendo os mesmo crimes na capital federal.

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