A Polícia Civil do Rio Grande do Sul afirmou, na manhã desta sexta-feira (11), que indiciou seis pessoas por homicídio triplamente qualificado no caso de João Alberto Silveira Freitas, espancado e morto por seguranças do supermercado Carrefour, no dia 19 de novembro, véspera da Consciência Negra.
A Polícia do Rio Grande do Sul finalizou e entregou o inquérito sobre o caso na manhã desta sexta-feira. O laudo, que será remetido à análise judicial, aponta que o motivo da morte de João Alberto foi asfixia mecânica. Ele morreu ao ser escapando pelos seguranças do hipermercado. As investigações apontam ainda que um dos vigilantes teria impedido a chegada do SAMU para socorrer o homem.
Além dos dois vigilantes e a fiscal da loja que estavam presos desde o dia do crime, outros três funcionários foram indiciados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e asfixia por meio de sufocação indireta.
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Segundo a polícia os novos indiciados são Rafael Rezende, Cleiton Silva Santos e Paulo Francisco da Silva, os três trabalhavam como seguranças do supermercado e podem ir a júri popular.
A polícia afirmou ainda que embora não tenha encontrado provas técnicas de que os suspeitos tenham proferido palavras racistas a João Albeto a cor da pele e a condição social não foi desconsiderada na investigação em funcão do racismo estrutural.
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Em depoimento, nenhum dos indiciados soube dizer qual o comportamento e as supostas palavras agressivas que teriam sido ditas por João Alberto a uma funcionária, o que indica a motivação preconceituosa do crime.
Os três novos indiciados permanecessem soltos enquanto a Justiça do Rio Grande do Sul decide se eles vão responder em liberdade ou presos preventivamente.