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Polícia Federal prende suspeitos de corrupção na administração municipal de Florianópolis

Esquema pode ter movimentado 30 milhões de reais 

Cidades|Do R7, com Jornal da Record e Agência Brasil

Uma operação da Polícia Federal apreendeu, na última quarta-feira (12), suspeitos de um envolvimento em esquema de corrupção na administração pública de Florianópolis. De acordo com a polícia, a quadrilha pode ter desviado até 30 milhões de reais.

Assista à reportagem da TV Record:

Ao todo, 14 pessoas foram presas, entre elas um vereador Marcos Aurélio Espíndola (PSD), conhecido como Badeko. O presidente da Câmara Municipal de Florianópolis, o vereador César Luiz Belloni Faria, foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos e foi liberado em seguida. Por telefone, a assessoria da Câmara Municipal informou que está aguardando mais informações sobre a situação de Badeko para, depois, se manifestar sobre o caso.

De acordo com a PF, foi comprovada a existência de um esquema de corrupção na Câmara Municipal, no Instituto de Planejamento Urbana de Florianópolis e na Fundação Cultural Franklin Cascaes, ambos vinculados à prefeitura da capital catarinense. Servidores públicos recebiam dinheiro de empresários em troca da manutenção ou elaboração de contratos milionários que os beneficiassem. A fraude nos contratos com a administração pública estadual apareceu também no mercado de radares e lombadas eletrônicas. Empresas do ramo simulavam concorrência em licitações, com apoio dos servidores, que recebiam propina em troca.

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A PF investiga o caso há aproximadamente um ano, utilizando interceptação telefônica, monitoramento em vídeo, quebra de sigilo bancário e fotografias. Na operação da última quarta foi apreendida quantia em torno de R$ 100 mil, mas alguns milhões de reais já foram movimentados na trama criminosa. O valor exato ainda não foi confirmado pela polícia.

PF levou computadores e documentos de órgãos municipais
PF levou computadores e documentos de órgãos municipais PF levou computadores e documentos de órgãos municipais

Conforme explica o delegado responsável pelas investigações, Alan Dias, "foram vários contratos de 5 milhões e de 10 milhões de reais com o município. As passavam quase que mensalmente o pagamento aos servidores, sendo que o dinheiro era recebido por uma célula da organização que o distribuía". Para ela os envolvidos no esquema demonstraram “malícia e ardil para ludibriar todos que pagam seus impostos, com fraudes milionárias na prefeitura de Florianópolis e em outros órgãos da Administração Pública”.

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O prefeito de Florianópolis, Cezar Souza Júnior, disse à imprensa que a prefeitura já está colaborando com as investigações. 

— Abrimos à Polícia Federal o acesso a toda a documentação, porque, ao lado da sociedade, somos os maiores interessados em que cada item seja elucidado. 

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Ele anunciou que três servidores comissionados, apontados nas investigações da PF, também foram exonerados.

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