Cerca de 300 policiais militares da Paraíba ainda se recusam a tomar a vacina contra a Covid-19. A diretoria de Educação da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) tenta convencer os profissionais de que a imunização é a melhor forma de combater a pandemia. Não são cogitadas punições a quem continuar resistindo à campanha educativa.
Segundo o diretor de Educação da PMPB, coronel Ronildo, a maioria dos policiais que se negam a tomar a vacina são de João Pessoa e Campina Grande. Ao Portal Correio, ele contou que os motivos apresentados pelos policiais são diversos. Existem justificativas religiosas, ideológicas e até medo motivado pela disseminação de fake news. A campanha de vacinação para os agentes de segurança começou em abril.
“Acionamos uma assistente social para nos ajudar com esse trabalho de conscientização. Infelizmente, cerca de 300 policiais ainda resistem à vacina, mas esse número foi maior. Cerca de 100 policiais já foram convencidos a receber a vacina e vamos continuar com o trabalho educativo”, disse o coronel Ronildo.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) acompanha a situação. Quando soube que haviam recusas, o órgão pediu explicações aos comandos. De acordo com a assessoria de comunicação do MPPB, ficou definido entre o promotor Guilherme Lemos, coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, e a Polícia Militar que as recusas serão analisadas caso a caso.
A intenção é reverter o posicionamento de policiais não vacinados e, por enquanto, a PMPB não estuda afastar ou punir membros da corporação. “Nas instituições públicas, não temos nenhum posicionamento nesse sentido”, aponta o coronel Ronildo. Em empresas privadas, por outro lado, a recusa à vacina contra Covid-19 pode gerar demissão por justa causa.