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Prefeitura no RS lança campanha "só tenha os filhos que puder criar"

Secretária de Saúde, Fabiana Saldanha explica que métodos contraceptivos são pouco utilizados e que é necessário controlar taxa de natalidade

Cidades|Do R7

Campanha da Prefeitura de Quaraí (RS) causa polêmica
Campanha da Prefeitura de Quaraí (RS) causa polêmica Campanha da Prefeitura de Quaraí (RS) causa polêmica

A Prefeitura de Quaraí, no Rio Grande do Sul, lançou uma campanha para controlar a taxa de natalidade no município.

Um outdoor colocado na cidade, que faz fronteira com o Uruguai, diz que se o casal "não tem condições emocionais, pessoais e econômicas" deve pensar bem antes de ter filhos. O anúncio é finalizado com o uso de um hashtag: "#aescolhaésua".

Na cidade, segundo pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde, 55% dos relacionamentos que geraram filhos não planejaram e não estavam preparados para a gestão; enquanto que 75% dos jovens que tiveram filhos em seus relacionamentos estão fora da escola e sem perspectiva na vida profissional. Como solução, a pasta criou a campanha “Só tenha filhos que puder criar”.

Em entrevista ao R7, a secretária de Saúde, Fabiana Saldanha, explicou que foram registrados mais de 200 nascimentos no ano de 2016. Para uma cidade com pouco mais de 20 mil habitantes, “o número é alto” e, às vezes, “não é planejado”. Além disso, os métodos contraceptivos disponibilizados pela prefeitura estavam sendo pouco utilizados. A intenção da campanha, segundo ela, é “justamente mostrar que é necessário realizar o planejamento familiar”.

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“Nós fazemos palestras nas escolas públicas e privadas com psicólogos, enfermeiros e médicos ginecologistas; agentes comunitários distribuem panfletos educacionais e também contamos com ações da secretaria”, exemplifica Saldanha.

A secretária alerta também para a responsabilidade masculina. “A mulher não faz o filho sozinho, então nós também explicamos que o homem tem obrigações”, conta. “O município realiza vasectomia gratuitamente”, lembra.

Questionada sobre a eficácia da campanha, a secretária é categórica: “ainda não fizemos o balanço oficial, mas garanto que os números diminuíram se comparado com o ano anterior”. O importante, segundo Saldanha, é mostrar que assim como a compra de um carro ou de um apartamento, o “ter um filho também precisa ser pensado”.

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