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Promotoria pede fechamento do porto paraense onde navio naufragou com 5 mil bois

Defensoria pede que dê fornecimento de máscaras, água potável e ajuda financeira a envolvidos

Cidades|Agência Brasil

Cerca de cinco mil bois vivos estavam na embarcação que afundou
Cerca de cinco mil bois vivos estavam na embarcação que afundou Cerca de cinco mil bois vivos estavam na embarcação que afundou

O Ministério Público Federal, o Ministério Público do Pará e a Defensoria Pública do estado entraram com ação judicial pedindo a paralisação total das atividades no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), até que sejam removidos as carcaças e o óleo do navio que naufragou no dia 6 com uma carga de 5 mil bois vivos.

Segundo a Defensoria, 4 mil animais mortos e litros de óleo diesel continuam dentro do casco do navio. Centenas de bois mortos foram levados pelas águas do Rio Pará para as margens da praia e ficaram encalhados na areia, provocando mau cheiro e risco para a saúde.

A ação pede ainda que seja assegurado o fornecimento de máscaras contra odor, água potável e ajuda financeira para os moradores atingidos e que seja aprovado um cronograma para retirada do óleo e das carcaças que ainda estão no navio. A defensora Aline Rodrigues comenta:

— A cidade está um caos. Pedimos o fechamento do porto porque a atividade inviabiliza a retirada da carcaça. Os navios em operação estariam espalhando o óleo no rio. O odor é insuportável. Os olhos ardem. Moradores estão com dor de cabeça desde o primeiro dia. Sem exagero, a situação é caótica.

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Morador da Vila do Conde, o comerciante Paulo Damasceno informou que os as pessoas usam máscaras para suportar o mau cheiro dos animais.

— Todo mundo foi atingido. Muita gente está trancada em casa. Crianças e idosos passaram mal com o forte cheiro. Para piorar, muitas famílias não têm mais o sustento da pesca. Ninguém quer mais vir no meu comércio.

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Ainda não se sabe a quantidade de óleo que vazou, mas, segundo o Ministério Público Federal, a mancha se espalhou por alguns quilômetros. A carga de bois mortos no interior do navio é estimada em 3,8 mil toneladas.

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A empresa responsável pelo porto é a Companhia Docas do Pará, que ainda não revelou como vai retirar as carcaças do navio. Uma das soluções apresentadas foi enterrar os restos mortais em um terreno da cidade, mas a população protestou contra a medida.

— A população está desesperada. Quem conseguiu ir para outros lugares, foi. As pessoas andam de máscara e dificilmente saem de casa. O problema está só começando.

Em nota, a Companhia Docas do Pará informou que está se esforçando para restabelecer as condições operacionais, ambientais e de segurança da área atingida. Entre outras medidas, acrescentou que colocou barreiras de contenção para evitar a dispersão do óleo vazado da embarcação.

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