Manifestantes e policiais entraram em confronto nesta manhã
Rodrigo Félix Leal/26.06.2017/Futura Press/FolhapressCerca de 3.500 manifestantes acompanham a votação de projetos de lei do pacote de ajuste fiscal da Prefeitura de Curitiba, chamado de "pacotaço", realizada na Ópera de Arame em Curitiba, nesta segunda-feira (26). O grupo entrou em confronto com policiais nesta manhã e, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, o último balanço, das 11h50, registra seis pessoas feridas — sendo um manifestante (com ferimento na perna) e cinco policiais (ferido com pedradas. Um deles foi encaminhado para o Hospital Evangélico).
Além disso, três pessoas foram detidas. Segundo a pasta, os três homens foram detidos por motivos diferentes. Um por portar spray de pimenta; outro estava com cocaína e o terceiro não respeitou a área disponível para a imprensa e assessores e "ao ser convidado a deslocar para área autorizada, desacatou os policiais e usou de força. Além disso, ele portava rádio de comunicação sem licenças de uso. Por causa disso, ele foi encaminhado para a Polícia Federal".
Segundo informações da Ric TV, a votação na Ópera de Arame foi sugerida pelo secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, por medidas de segurança, após as tentativas anteriores terem sido frustradas pela ação de manifestantes. A Câmara autorizou que 100 servidores municipais entrem na casa de espetáculos para acompanhar a votação. Durate a primeira hora da sessão plenária, muitos gritos de protesto foram proferidos pelo grupo.
O pacote de ajuste fiscal do prefeito Rafael Greca (PMN) é formado por 12 propostas que devem afetar cerca de 30 mil servidores. Do total, a reinvindicação da categoria é por quatro projetos de lei, que se aprovados podem alterar o adiantamento da data-base do funcionalismo municipal, leilão de dívidas municipais, previdência dos servidores e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por volta das 10h desta segunda-feira, os vereadores aprovaram o primeiro dos quatro projetos de lei: o que eleva, progressivamente, de 11% para 14% a contribuição previdenciária dos servidores, e de 22% para 28% o aporte da prefeitura,m além de retirar do fundo municipal de aposentadoria dos servidores R$ 600 milhões. De acordo com o governo municipal, o valor foi recolhido indevidamente "a título de contribuição patronal dos inativos e pensionistas, nos últimos cinco anos, sem cômputo de juros moratórios".