Quatro policiais suspeitos de torturar os presos envolvidos na morte da adolescente Tayna da Silva, de 14 anos, ainda não se entregaram à polícia. A Justiça do Paraná determinou a prisão de 14 policiais na última quarta-feira (17), sendo que somente dez se apresentaram.
Faltam ser detidos o delegado Silvan Pereira, um policial civil, um agente carcerário e um preso de confiança. Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, oito policiais se apresentaram espontaneamente e dois foram presos.
Segundo o promotor Leonir Batisti, os quatro homens suspeitos da morte da adolescente voltaram atrás no depoimento e disseram que só admitiram o crime porque foram espancados. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) solicitou ainda o afastamento de mais seis policiais, que teriam relação com o caso.
Uma comissão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) visitou os suspeitos e confirmou a tortura após exames de corpo de delito. Os policiais foram identificados após depoimentos dos presos e registros do processo.
Tayná desapareceu no dia 25 de junho em Colombo, região metropolitana de Curitiba (PR). O corpo da vítima foi localizado na tarde do dia 27. Familiares contaram que ela saiu de casa para visitar uma amiga. Ela foi até a casa da colega e quando saiu mandou uma mensagem por celular para a mãe avisando que estava voltando. Depois disso, não foi mais vista.
O primeiro delegado que assumiu as investigações foi afastado do caso após o vazamento do laudo que comprova que o sêmen encontrado na roupa da adolescente não pertence a nenhum dos quatro suspeitos.