O segundo motim na PEP II (Penitenciária Estadual de Piraquara), na região metropolitana de Curitiba, no Paraná, em menos de cinco dias, já ultrapassou as 25 horas e, por volta das 9h desta quarta-feira (17), os 70 presos que se rebelaram ainda mantinham dois agentes penitenciários como reféns. Os agentes foram rendidos durante o café da manhã, por volta das 7h de terça-feira (16), e entre as reivindicações está a reforma das dez celas que foram destruídas no final de semana durante a última rebelião. Esta é a quinta rebelião no Estado em menos de um mês.
A PM (Polícia Militar) vai retomar, na manhã desta quarta-feira, as negociações com os presos rebelados. Os detentos dizem ainda que são ameaçados por detentos rivais e pedem mais segurança.
O foco da rebelião está na galeria A, do bloco 3, e segundo o Sindaspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná), nela estão localizados os presos que lideraram o mais recente motim que provocou a transferência de 43 detidos.
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Conforme o presidente do Sindaspen, Antony Jhonson, há a possibilidade de a categoria entrar em greve, mas a definição deve acontecer após uma assembleia que será realizada na manhã desta quarta-feira. Para o presidente, a recente transferência de presos das delegacias para os presídios provocou esses problemas.
— Isso que está acontecendo não é uma surpresa, uma hora iria acontecer, pois houve as transferências para os presídios e com isso aumentou muito a população carcerária, não tem como os profissionais trabalharem com esse estresse.
Por causa dos recentes motins, o governo do Estado acionou o Cope (Centro de Operações Policiais Especiais) para investigar as causas das rebeliões e se há algum agente público envolvido nos motins.
Outra rebelião
Na última sexta-feira (12), outros dois agentes penitenciários foram rendidos e depois libertados durante um motim que durou 24 horas.