Pontos de ônibus ficaram lotados na zona leste de Manaus
Edmar Barros/Futura Press/Estadão ConteúdoRodoviários de Manaus decidiram na noite da última terça-feira (15) encerrar a paralisação dos serviços de transporte na cidade, iniciada nas primeiras horas do dia. A decisão foi tomada após negociação com a Procuradoria do Trabalho e as empresas Global Green e São Pedro. As conversas tiveram início por volta das 16h, horário de Brasília, e só terminaram às 21h30.
Os ônibus voltaram a rodar na manhã desta quarta-feira (16). Além disso, foi marcada uma reunião na sede do MPT (Ministério Público do Trabalho), às 14h de amanhã, com a participação de representantes da prefeitura, da Procuradoria do Trabalho e do Sinetram (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Manaus). O atraso no pagamento de férias já tiradas e a insalubridade estarão na pauta do encontro.
Na reunião de hoje, no MPT, empresas entraram em acordo com os rodoviários para pagar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de 55 trabalhadores demitidos, que ainda não haviam recebido o benefício. Em débito com esses funcionários, a Global Green se comprometeu a pagar para 35 deles no dia 22 de julho, e para os demais no dia 19 de agosto. De acordo com o Sinetram, esse foi o principal motivo para a paralisação.
A assessoria do Sinetram informou que a comissão do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Manaus havia aceitado os termos, mas não levou o acordo aos demais rodoviários, que não o aceitaram prontamente. Assim, uma nova rodada de negociações teve início, na garagem da Global Green, até seu desfecho positivo.
Rodoviários e empresários disputam no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) o índice de reajuste salarial a ser concedido. Mesmo sem a assinatura de novo acordo trabalhista, dez empresas já concederam 6% de aumento salarial. O Sinetram informa que o salário inicial de um motorista é, no mínimo, R$ 1.812, e o de um cobrador, R$ 960.