Valores sonegados eram embolsados como lucros por empresários
Fotos Públicas/EBCEnquanto se fala em caixa 2 para políticos, em Santa Catarina foi descoberto um grande esquema envolvendo empresas.
Uma força-tarefa composta por Receita Federal, Secretaria da Fazenda e Ministério Público Estadual, juntamente com a Polícia Civil, apurou que empresários e clientes usavam um software que burlava a emissão de notas fiscais.
“Estima-se que a sonegação fiscal propiciada pela utilização do software possa alcançar a cifra de R$ 1 bilhão, a partir da comparação da movimentação financeira com o faturamento declarado por empresas investigadas”, diz a Receita Federal em nota.
A operação F7 foi deflagrada nesta quinta-feira (16) e cumpre 18 mandados de busca e apreensão, além de dez mandados de prisão, em Santa Catarina, no Paraná e em São Paulo.
A Receita diz que o software desenvolvido pelos criminosos era um ERP, que cuida da gestão de operações e recursos da empresa). O programa era capaz de controlar vendas com ou sem a emissão de notas fiscais ou com valores inferiores aos que eram faturados.
Segundo os investigadores, o uso desse programa beneficiava tanto empresas quanto clientes, já que o recolhimento de tributos era embolsado como lucro. Os empresários também podiam fornecer descontos maiores, o que prejudica a livre concorrência.
Outros detalhes sobre a operação de hoje serão fornecidos na sexta-feira (17) pela Polícia Civil de Santa Catarina.