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Seca: Paraíba prefere racionamento a usar a reserva

Açude que abastece 500 mil sofre há três anos com seca e está com 30% da capacidade

Cidades|

A crise de estiagem que pegou de surpresa gestores públicos e mais da metade da população paulista é uma realidade quase onipresente no agreste paraibano. Na região de Campina Grande, semiárido nordestino, o açude Epitácio Pessoa, que abastece mais de 500 mil habitantes, sofre há três anos consecutivos com a seca e está com 30% da capacidade. Mas, ao contrário do que tem sido feito em São Paulo, o governo da Paraíba estuda implantar plano de racionamento para não utilizar o volume morto do reservatório, como explica Simão Alemida, gerente regional da Cagepa (Companhia de Água e Esgoto da Paraíba).

— Já estamos há três anos sofrendo constantemente com a seca. Vamos aguardar os próximos 30 dias para ver se será necessário mesmo entrar no racionamento para chegarmos até dezembro, quando acreditamos que o açude deve receber uma recarga (chuva). Estamos fazendo de tudo para não usar o volume morto.

Na última medição, semana passada, o reservatório Epitácio Pessoa estava com 124 bilhões de litros. A capacidade máxima é de 411,6 bilhões e o volume morto tem ao todo 40 bilhões.

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Segundo estudo da ANA (Agência Nacional de Águas), o açude perde 11 bilhões de litros por mês e pode entrar em colapso até novembro. A redução diária do nível do reservatório trouxe à paisagem um conjunto de ilhas que antes ficavam submersas. Segundo o gerente executivo de operação de mananciais da Aesa (Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba), Gerald Norbert Sousa da Silva, a situação em Campina Grande ainda está melhor que a da Grande São Paulo.

— O nosso caso está bem parecido com o de São Paulo, mas ainda temos uma margem maior para trabalhar. Se não chover o esperado na próxima temporada, vai ficar igual. Por isso, estão estudando algumas medidas preventivas. Em 1997, por exemplo, quando tivemos a última pior seca, o racionamento foi obrigatório.

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