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Secretário renuncia após flagrante de facões e celulares em presídio de PE

Cadeia abriga 1.900 homens, mas capacidade é para 465 internos

Cidades|Da Agência Brasil

Material apreendido pela polícia em revista a presidio de Recife
Material apreendido pela polícia em revista a presidio de Recife Material apreendido pela polícia em revista a presidio de Recife

O secretário-executivo de Ressocialização de Pernambuco, Humberto Inojosa, responsável pelo sistema prisional do Estado e subordinado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, renunciou nesta quarta-feira (7). A carta-renúncia foi entregue três dias após o flagrante de detentos do Complexo Prisional do Curado, no Recife, utilizando facões e celulares dentro do presídio.

A Secretaria de Ressocialização informou que a decisão é por motivos pessoais e não tem relação com a divulgação das imagens. À tarde, Éden Vespaziano, coronel reformado da Polícia Militar de Pernambuco, foi anunciado como novo secretário.

O Complexo do Curado é formado por três unidades. As imagens foram gravadas no presídio Marcelo Francisco de Araújo e mostra detentos andando livremente com facões e usando celulares. Uma briga também foi registrada. O presídio tem 1.900 presos, mas a capacidade é para 465, conforme a Secretaria de Ressocialização.

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De acordo com a secretaria, o complexo tem capacidade para aproximadamente 2.100 detentos, mas abriga 7.000. A assessoria da pasta atribui a superlotação ao tamanho da população carcerária do Estado. No último domingo (4), agentes penitenciários encontraram um túnel em um dos presídios do complexo. Para a secretaria, a descoberta evitou uma fuga em massa.

Em dezembro, o Ministério Público de Pernambuco entrou com ação judicial pedindo a interdição do complexo. Conforme o documento, Pernambuco tem 10,5 mil vagas nos presídios, mas recebem quase 30 mil detentos.

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“Apesar da recente contratação de agentes, muitos pediram exoneração. Havia previsão de construção de um presídio, que não ocorreu. Estes problemas e mais o da saúde levaram o MP a pedir a interdição”, disse a promotora de Execuções Penais Irene Cardoso Sousa.

Segundo ela, o objetivo da ação do MP é chamar atenção para os problemas no complexo. Acrescentou que os agentes penitenciários não podem ser vistos como culpados pela presença de facões e celulares no presídio. “Fazer uma revista é uma missão quase impossível. O número de agentes penitenciários e de vagas nos presídios não acompanhou o crescimento da população carcerária. O Estado não consegue promover ações para resolver esses problemas”, concluiu.

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