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Unigrejas defende cassação de vereador do PT que interrompeu missa em Curitiba para protesto

União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos disse repudiar ato de manifestantes e que ele configura crime previsto no Código Penal

Cidades|Do R7

O vereador Renato Freitas em manifestação em Curitiba
O vereador Renato Freitas em manifestação em Curitiba O vereador Renato Freitas em manifestação em Curitiba

A Unigrejas (União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos) enviou nesta terça-feira (8) uma carta ao presidente da Câmara de Curitiba, Tico Kusma (Pros), em que defende a cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT) após ele participar de um ato que interrompeu uma missa na capital paranaense, no último sábado (5).

Em protesto pelo assassinato do congolês Moïse Kabagambe, manifestantes se reuniram diante da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e entraram no espaço com faixas e bandeiras, entre elas a do PCB (Partido Comunista Brasileiro). Vídeos que mostram a presença dos manifestantes circularam na internet e provocaram críticas.

A Unigrejas disse repudiar o ato ocorrido e esperar que os envolvidos respondam criminalmente por seus atos. "Entende-se que o vereador Renato Freitas deve ter seu mandato cassado por conta do crime cometido e pelas atitudes incompatíveis para o cargo para o qual foi eleito.".

Em nota sobre o caso, a entidade manifestou solidariedade ao padre chamado de racista pelos manifestantes e à Igreja do Rosário. A Unigrejas lembrou que o ato de impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso é tipificado no Código Penal, com pena de detenção de um a cinco anos. "Nem mesmo oficial de Justiça pode realizar citação, em cumprimento a ordem judicial, durante culto religioso, nos termos do art. 244, inc. 1, do Código de Processo Civil", informou a entidade. 

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A Unigrejas encerra a nota afirmando repudiar o ato cometido pelos manifestantes e defendendo a cassação do mandato de Renato Freitas. 

'Pacífico'

Após as inúmeras críticas recebidas, o vereador Renato Freitas se defendeu nas redes sociais afirmando que o ato foi pacífico e que os participantes só entraram na igreja no final do protesto. Segundo ele, a motivação para a entrada dos manifestantes na igreja surgiu a partir da tentativa de um padre de "calar" o protesto. "Entendemos que esse espaço é símbolo de resistência e de persistência da população negra, que também tem o direito de professar sua fé cristã. Nossa luta sempre foi e continuará sendo pela liberdade e pela valorização da vida", diz.

A Arquidiocese de Curitiba não poupou críticas à manifestação. Em nota, a entidade afirmou que os participantes foram "solicitados a não tumultuar o momento litúrgico", mas que suas lideranças "instaram a comportamentos invasivos, desrespeitosos e grotescos". "É verdade que a questão racial no Brasil ainda requer muita reflexão e análises honestas, que promovam políticas públicas com vistas a contemplar a igualdade dos direitos de todos. Mas não é menos verdadeiro que a justiça e a paz nunca serão alcançadas com destemperos ou impulsividades desequilibradas."

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