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Crime organizado não tem mais fronteiras, diz juiz que combateu máfia italiana

Italiano Giorgio Santacroce participou de seminário sobre combate à lavagem de dinheiro

|Bruno Lima, do R7, em Brasília

Considerado uma das maiores autoridades do mundo no combate à lavagem de dinheiro, o juiz Giorgio Santacroce, primeiro presidente da suprema Corte italiana, afirmou que o crime organizado “não tem mais fronteiras nacionais, nem continentais”.

Santacroce, que atuou na Operação Mãos Limpas na década de 1990, e em investigações contra a máfia e o terrorismo internacional, participou do Seminário Internacional de Combate à Lavagem de dinheiro e ao Crime Organizado, realizado no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília (DF).

Santacroce afirmou que muitos grupos criminosos mudam de Países na tentativa de enganar as autoridades internacionais.

— O crime organizado ameaça gravemente a democracia pela sua capacidade e potencialidade de minar e desestabilizar o Estado de Direito.

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O juiz destacou o esforço internacional no combate à lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e ao crime organizado em geral.

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, também participou do evento. Ele condenou, nesta quarta-feira (2), os crimes de colarinho branco e afirmou que esses delitos afetam principalmente as pessoas mais pobres da sociedade.

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Para o presidente do Supremo, os crimes cometidos contra o patrimônio público “atingem a própria capacidade do Estado de realizar o bem comum, em especial ao que diz respeito a concretização de políticas públicas mai6s abrangentes que visam atingir os cidadãos menos favorecidos economicamente”.

O ministro ressaltou que o combate às práticas ilícitas contra os cofres públicos tem se tornado prioridade na maioria dos Países. Ele explicou que esses crimes são praticados por organizações criminosas sofisticadas, o que dificulta a investigação e condenação dos responsáveis.

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— Tais ilícitos, também denominados crimes do colarinho branco porque cometidos por pessoas que integrem estrados mais elevados da sociedade, com frequência são praticados no âmbito de organizações criminosas complexas, estruturadas em escalas nacional ou internacional, que por contarem com sofisticados mecanismos de lavagem de dinheiro permite a reintrodução dos lucros da atividade ilícita no mercado financeiro legal sem que sua origem possa ser identificada.

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