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4 maus hábitos que acabam com seu dinheiro

Brasileiros devem respeitar a renda, ficar atento à inflação e realizar investimentos

Economia|Richard Rytenband, comentarista de Economia da Record News

Nem sempre somos racionais quando lidamos com dinheiro
Nem sempre somos racionais quando lidamos com dinheiro Nem sempre somos racionais quando lidamos com dinheiro

Quando lidamos com dinheiro nem sempre somos racionais e coerentes, o que explica por que mesmo ganhando muito bem, algumas pessoas acumulam dívidas e não patrimônio. E, por outro lado, pessoas com pouca renda, mas que evitam maus hábitos financeiros conseguem prosperar ao longo dos anos.

Para ajudar nesta tarefa, listei quatro maus hábitos que são os grandes sabotadores do sucesso financeiro e que devem ser evitados. Confira:

1. Viver acima das possibilidades é o caminho para a falência pessoal

Não há mistério, os gastos devem sempre respeitar o limite da renda pessoal. Quem ignora isso apenas acumula dívidas e pode estar sedimentando o caminho para a falência pessoal.

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Com o patamar atual nas taxas de juros em modalidades como cheque especial e cartão de crédito rotativo, uma pequena dívida se transforma em grande em um período curto de tempo.

Quem utilizar hoje R$ 1.000 no cheque especial estará com um saldo devedor de R$ 1.421,84 em apenas três meses (considerando a taxa de juros média, divulgada em abril de 308,7% ao ano). Já em seis meses, a dívida teria dobrado, com um saldo devedor de R$ 2.021,63.

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No cartão de crédito, a taxa de juros do rotativo é ainda mais explosiva e, em seis meses, o saldo devedor já seria de R$ 2.342,22 (considerando a taxa de juros média, divulgada em abril, de 448,6% ao ano).

2. Fique de olho na inflação antes de achar que o seu dinheiro está rendendo muito

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Você já deve ter ouvido alguém se vangloriar de ter vendido um imóvel por um valor elevado, ou mesmo afirmar que investe na caderneta de poupança por ser seguro e não ter risco de perdas.

O hábito de não computar a inflação do período pode induzir a decisões equivocadas capazes de dilapidar qualquer patrimônio.

O que adiante ter um rendimento de 6%, quando a inflação no período foi de 10%? Ao final do investimento, nosso poder de compra é menor do que antes e somos capazes de comprar menos coisas do que antes.

Calcular o retorno real, isto é descontar a inflação do período é a única forma de verificar se ocorreu ganho ou perda de poder aquisitivo em um investimento ou renda.

3. Evite contas mentais

Este é um dos hábitos mais perigosos. Com a nossa mente nos induzindo a cometer erros banais, sem nos darmos conta disso.

A mente humana separa em nossa memória o nosso dinheiro e bens em compartimentos diferentes, com base na origem de cada um.

Desta forma, é muito comum observar pessoas utilizando o limite do cheque especial mesmo tendo dinheiro aplicado na poupança. Em poucas palavras, ela racionalmente aceita pagar 12% ao mês enquanto recebe apenas 0,5% ao mês da mesma instituição.

Outro exemplo são as situações em que a sensação do gasto é diferente, como quando utilizamos dinheiro em espécie ou cartão de crédito. O uso do cartão dói menos no bolso, já que não estamos visualizando o dinheiro efetivamente sair da nossa carteira.

4. Não acredite que poupar é o bastante

Economizar não é suficiente. Com o efeito do fenômeno da inflação, o investidor precisa de investimentos que, no mínimo, superem a inflação do período. Caso contrário, no melhor cenário estará mantendo o poder de compra e todo aquele esforço de se privar do consumo terá sido em vão.

Desde o início do Plano Real, em julho de 1994, até abril deste ano, a inflação oficial acumulou alta de 441,14%. Isso significa que hoje seriam necessários R$ 54,10 para adquirir os itens comprados com R$ 10 no início do plano. Mas, quem não se contenta em apenas manter o dinheiro e almeja a independência financeira, deve focar no crescimento da renda (busca constante de novas fontes de renda e investimentos que superem a inflação) e no controle de despesas.

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