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Acionistas da Sete Brasil podem pedir recuperação judicial, dizem fontes

Economia|

SÃO PAULO (Reuters) - Os acionistas da Sete Brasil podem pedir recuperação judicial se a Petrobras, a única cliente da fabricante de sondas, não conseguir apresentar um contrato final de leasing dentro de uma semana, disseram nesta sexta-feira duas fontes com conhecimento do assunto.

A Petrobras pediu sete dias para entregar uma proposta para alugar as sondas da Sete Brasil, e os acionistas receberam a notícia em reunião mais cedo nesta sexta-feira, disseram as fontes, que pediram anonimato para falar sobre o assunto.

A mensagem foi entregue pelo presidente-executivo da Sete Brasil Luiz Carneiro, disseram as fontes, adicionando que não continha propostas específicas. Os acionistas querem colocar a empresa em recuperação judicial para forçar a Petrobras a pagar um contrato de leasing de sondas de longo prazo.

Os acionistas, que têm sua fatia combinada de 95 por cento em um veículo de investimento conhecido como FIP Sondas, vão pedir que um juiz aceite o pedido de recuperação judicial se a Petrobras falhar em entregar a proposta, como prometido, disse a primeira fonte. Os acionistas incluem os fundos de pensão Previ, Funcef e Petros, os bancos BTG Pactual e Bradesco e empresas de investimento.

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"Insolvência é tudo o que a Petrobras quer. Então, se nenhuma proposta for alcançada no prazo acordado, a Sete Brasil pedirá recuperação judicial", disse a mesma fonte, acrescentando que a Sete Brasil deve ficar sem dinheiro em torno de maio.

Um pedido de recuperação judicial da Sete Brasil - ou seu colapso - seria devastador não apenas para os bancos, fundos ou investidores que apoiaram o projeto, mas também para dezenas de fabricantes de navios e fornecedores da companhia. Mais de 800 mil empregos poderiam ser eliminados, levando a perdas de cerca de 40 bilhões de reais para a economia, adicionou a mesma fonte.

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A Sete Brasil deve cerca de 18 bilhões de reais aos bancos, um fundo de trabalhadores e fornecedores. A companhia e a Petrobras não comentaram o assunto.

(Por Guillermo Parra-Bernal)

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