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Na ata da reunião realizada na quarta-feira (21), Copom mostrou preocupação com contas públicas
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O Comitê de Política Monetária do Banco Central também avalia o impacto inflacionário das contas
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Na semana passada, o Copom decidiu manter a Selic, a taxa básica de juros, em 13,75% ao ano
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Aumento de gastos e incertezas sobre 2023 podem elevar expectativas de inflação
O ministro Paulo Guedes, na abertura do Painel Telebrasil Summit 2022
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 28.06.2022Mesmo após as críticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) reforçou, por meio da ata da reunião realizada da semana passada, divulgada nesta terça-feira (27), a preocupação com o futuro das contas públicas do Brasil e seu impacto inflacionário.
Na quarta-feira (21), o Copom decidiu pela manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano, e decretou o fim de seu mais longo ciclo de alta de juros.
O colegiado destacou que o aumento de gastos de forma permanente e a incerteza sobre sua trajetória a partir do próximo ano podem elevar os prêmios de risco do país e as expectativas de inflação, porque tendem a pressionar a demanda agregada e a piorar as expectativas sobre a trajetória fiscal.
Os dois candidatos mais bem posicionados na disputa pelo Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, já prometeram manter o Auxílio Brasil em R$ 600 mensais, mas ainda não explicaram como financiarão essa medida nem como vão lidar com o impacto da despesa no teto de gastos.
"O Comitê reitera que há vários canais pelos quais a política fiscal pode afetar a inflação, incluindo seu efeito sobre a atividade, preços de ativos, grau de incerteza na economia e expectativas de inflação", alertou.
Em um evento recente, Guedes disse que o "BC errou ao falar o tempo todo em risco fiscal", quando o país caminhava para o superávit primário. "O BC estava preocupado com o fiscal, e eu, com o juro negativo", disparou o ministro.
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