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Bancos pioram previsões para o PIB e já falam em recessão para 2016

Nos últimos dias, Itaú e Bradesco reduziram as expectativas para este biênio

Economia|

Expectativas mais negativas contrariam a aposta inicial da equipe econômica do governo
Expectativas mais negativas contrariam a aposta inicial da equipe econômica do governo Expectativas mais negativas contrariam a aposta inicial da equipe econômica do governo

A recuperação da economia brasileira deverá ser mais lenta do que o previsto. As projeções de bancos e consultorias para o crescimento do Brasil no ano que vem pioraram nas últimas semanas, e o risco de uma recessão entrou no radar dos analistas.

Essas expectativas mais negativas contrariam a aposta inicial da equipe econômica. Com o ajuste na política fiscal e monetária em andamento, o governo esperava uma recuperação do crescimento no fim deste ano ou no início de 2016.

A deterioração esperada para 2016 é acompanhada de um cenário ainda mais adverso para este ano. Nos últimos dias, os bancos Itaú e Bradesco deram o tom de mais uma rodada da piora das expectativas para este biênio.

Na quarta-feira (15), relatório divulgado pelo Itaú alterou a projeção de recessão deste ano de - 1,7% para - 2,2%. Para 2016, o banco passou a projetar uma contração de 0,2%, ante uma previsão anterior de crescimento de 0,3%.

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— Uma recuperação moderada ao longo do próximo ano não deve ser suficiente para compensar a queda já ocorrida na atividade [herança estatística] no crescimento médio de 2016.

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Para o economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, a economia brasileira deverá recuar 1,8% este ano e, em 2016, o PIB deverá ficar estagnado.

— O ano de 2016 herdará um carrego estatístico muito negativo que virá de 2015.

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A projeção do Santander também deve ficar mais pessimista. Nas contas do banco, o PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todas as riquezas produzidas no País — deve ter contração de 1,5% este ano e a expansão prevista de 0,5% para 2016 deve ser alterada para perto de zero.

O entrave para a recuperação da economia brasileira se dá porque a maioria dos setores não tem exibido sinais de recuperação. Neste ano, a desaceleração também chegou ao mercado de trabalho, o que deve dificultar a saída da recessão. Cristiano Oliveira, economista-chefe do Banco Fibra, avalia que o investimento das empresas e o consumo das famílias e do governo não devem estar funcionando plenamente em 2016.

— É difícil acreditar que a economia brasileira possa mostrar uma variação positiva da taxa de crescimento.

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O cenário econômico difícil se soma à turbulência política. A gestão Dilma Rousseff tem tido dificuldade para negociar as medidas de ajuste com o Congresso e ainda lida com os efeitos da Operação Lava Jato. O governo também vai ter de explicar as "pedaladas fiscais" no TCU (Tribunal de Contas da União). 

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, afirma que a economia do País foi afetada por um período político "completamente atípico”.

— O que era para ter sido feito no fiscal e na política monetária rapidamente, no começo do ano, como choque de credibilidade, atrasou.

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