A inflação para as famílias mais pobres, medida pelo IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1), apresentou variação de 0,06%, taxa 0,62 ponto percentual (p.p.) abaixo da apurada em julho, quando o índice registrou variação de 0,68%. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (3) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Com este resultado, o indicador acumula alta de 8,01%, no ano e, 10,37%, nos últimos 12 meses. No mês passado, o IPC-BR (índice de inflação geral) registrou variação de 0,22%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 9,73%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.
Os itens individuais que mais colaboraram para a desaceleração do IPC-C1 foram a batata-inglesa (com variação de -19,07% em agosto) e o tomate (com -15,54% no mês passado).
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Quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação:
— Alimentação (0,94% para -0,36%),
— Habitação (1,18% para 0,18%),
— Vestuário (-0,21% para -0,26%) e
— Despesas Diversas (0,16% para 0,12%).
Nestes grupos, os destaques partiram dos itens: hortaliças e legumes (1,84% para -10,76%), tarifa de eletricidade residencial (3,80% para -0,83%), roupas masculinas (0,80% para -0,53%) e alimentos para animais domésticos (0,56% para -0,05%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Transportes (0,13% para 0,42%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,59%), Educação, Leitura e Recreação (0,03% para 0,34%) e Comunicação (0,08% para 0,10%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.
Nestas classes de despesa, destacam-se os itens: tarifa de ônibus urbano (0,05% para 0,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,55% para 1,22%), passagem aérea (-15,92% para 9,55%) e mensalidade para TV por assinatura (0,79% para 1,75%), respectivamente.
O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos.