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BCs da Suíça, Noruega e Inglaterra elevam taxas básica de juros

Decisões levam em conta que as taxas de juros são a principal ferramenta de política monetária para segurar a inflação

Economia|Do R7, com Agência Estado

Banco da Inglaterra elevou os juros a 3,5% ao ano
Banco da Inglaterra elevou os juros a 3,5% ao ano Banco da Inglaterra elevou os juros a 3,5% ao ano

O cenário de avanço da inflação motivou novas altas nas taxas de juros na Suíça, Noruega e Inglaterra, anunciadas pelos Banco Centrais dos países nesta quinta-feira (15).

As determinações levam em conta que as taxas de juros são a principal ferramenta de política monetária para reduzir os preços. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.

Suíça

O Banco Central da Suíça decidiu subir sua taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, a 1%. Em comunicado, a autoridade monetária diz que busca conter a pressão inflacionária e sua disseminação e acrescenta que podem ser necessárias mais elevações nos juros, para garantir a estabilidade de preços no médio prazo.

O BC também diz que, para garantir condições monetárias "apropriadas", está disposto a adotar uma política "ativa" no mercado cambial quando necessário. O BC suíço afirma que a inflação recuou um pouco nos últimos meses, mas segue "claramente acima" da meta e deve seguir elevada.

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O órgão ainda vê quadro de fraqueza na economia global, com "riscos significativos". Um deles é que a situação do setor de energia na Europa possa piorar de novo. A inflação alta poderia ainda ficar arraigada, o que demandaria respostas mais fortes da política monetária no exterior, comenta. Além disso, a pandemia da covid-19 segue como "fonte importante de risco para a economia global".

Noruega

O Banco Central da Noruega optou por uma elevação da sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, a 2,75%. Além disso, afirmou em comunicado que os juros devem subir mais, no primeiro trimestre do próximo ano.

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Os dirigentes da instituição dizem que um juro mais alto ainda é necessário para conter a inflação, que está elevada, em quadro de atividade ainda forte e desemprego "muito baixo". Ao mesmo tempo, a economia desacelera, com os preços mais altos reduzindo o poder de compra. Um relaxamento nas pressões econômicas deve ajudar a conter a inflação adiante, afirma o comunicado do BC norueguês.

Inglaterra

O Banco da Inglaterra também decidiu elevar sua taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, a 3,5%. A decisão foi tomada por 6 votos a 3. Entre os dirigentes contrários, dois deles defendiam manutenção dos juros, enquanto um outro defendia alta de 0,75 ponto percentual.

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O comunicado do BoE lembra das projeções de política monetária de novembro, que apontavam para recessão no Reino Unido "por um período prolongado" e que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) seguirá "muito elevado no curto prazo".

A inflação deve recuar fortemente a partir de meados de 2023, para um pouco abaixo da meta de 2% no horizonte de projeção de dois a três anos, acredita o BC. Os riscos para a inflação, porém, são de alta, diz o texto.

O BoE considera que a maioria dos gargalos globais nas cadeias de produção têm diminuído, mas com pressões inflacionárias globais ainda elevadas. O staff do BC projeta que o PIB do Reino Unido sofra contração de 0,1% no quarto trimestre de 2022, quando em novembro projetava queda maior, de 0,3%.

O comunicado do BoE ainda diz que o CPI deve cair gradualmente no primeiro trimestre de 2023, graças também a efeitos de base de comparação. Enquanto isso, o mercado de trabalho segue apertado, com pressões inflacionárias mostrando maior persistência e justificando a resposta na política monetária. A maioria do comitê julga que, caso a economia siga em linha com o esperado nas projeções de novembro, devem ser necessárias mais altas nos juros para garantir o retorno da inflação à meta.

Há, porém, "incertezas consideráveis na perspectiva", diz o BC inglês. Caso ocorra perspectiva que sugere pressões inflacionárias mais persistentes, o BoE diz que responderá de maneira decidida, conforme necessário.

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