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BNDES perde R$ 2,6 bilhões com investimentos na Petrobras

Em 2014, Banco registrou crescimento de 5,4%, em comparação com o ano anterior

Economia|Do R7, com Agência Brasil

De acordo com o órgão, este foi o terceiro maior lucro da história do Banco
De acordo com o órgão, este foi o terceiro maior lucro da história do Banco De acordo com o órgão, este foi o terceiro maior lucro da história do Banco

O lucro líquido do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) teve um crescimento de 5,4% em 2014, na comparação com o ano anterior. Os valores alcançaram R$ 8,594 bilhões, ante R$ 8,150 bilhões registrados em 2013. Apesar do desempenho, dados apontam perdas equivalentes a R$ 2,6 bilhões e destacam que o principal componente foi o investimento na Petrobras.

De acordo com o órgão, este foi o terceiro maior lucro da história do Banco. A perda com as ações da Petrobras foi citada por causa da queda prolongada e significativa no valor de mercado das ações da petroleira.

A instituição realizou “uma análise qualitativa do investimento, a fim de quantificar a existência de eventual montante não recuperável do ativo”.

Segundo o BNDES, foram levadas em conta as características específicas de atuação do banco e do ativo. De acordo com os dados, a perda passível de não recuperação foi estimada em R$ 2,6 bilhões, descontados os efeitos tributários.

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O órgão esclareceu que, conforme a característica das ações detidas pelo banco, que são de transferência da União para aumento de capital da instituição, nas quais existem condições específicas como restrição de venda, as perdas são reclassificadas para o resultado apenas quando da venda ou transferência do respectivo ativo.

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— Consequentemente, sobre o total de R$ 2,6 bilhões de perda no valor recuperável, já líquido dos efeitos tributários, parcela no montante de R$ 1 bilhão foi reconhecida no resultado do exercício de 2014, permanecendo o saldo residual no Patrimônio Líquido, na rubrica de ajuste de avaliação patrimonial (Outros Resultados Abrangentes).

A pendência na divulgação das demonstrações financeiras recentes da Petrobras foi lembrada no relatório dos auditores independentes no balanço do BNDES.

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Resultado

Para o BNDES, o resultado com financiamentos a projetos de investimentos, que são os de intermediação financeira, e a manutenção do índice de inadimplência no mais baixo nível de sua história contribuíram para o desempenho. Os financiamentos subiram de R$ 11,7 bilhões em 2013 para R$ 13,4 bilhões em 2014. Já o índice de inadimplência permaneceu em 0,01%. Para a instituição, isto “reflete a boa gestão operacional do BNDES, alinhada às prioridades estratégicas do governo”.

O banco comparou o nível de inadimplência com a média do Sistema Financeiro Nacional em dezembro de 2014, que era 2,9% em dados divulgados pelo Banco Central. A direção do banco acrescentou que os critérios da instituição são mais conservadores. No Sistema BNDES, são considerados inadimplentes quem está com parcelas em atraso há mais de 30 dias. Nos cálculos do BC são consideradas em atraso parcelas com 90 dias.

Segundo o BNDES, o resultado com participações societárias também contribuiu para o crescimento do lucro líquido. Elas subiram de R$ 2,5 bilhões em 2013 para R$ 2,9 bilhões em 2014. “Cabe destacar que tal crescimento foi realizado num cenário de intensa volatilidade no mercado de capitais, o que elevou o montante de provisões para perdas em investimentos de R$ 2,04 bilhões em 2013 para R$ 2,8 bilhões em 2014”, analisou a instituição.

O patrimônio líquido do Sistema BNDES também teve crescimento. Em dezembro de 2014, ele alcançou R$ 66,3 bilhões. No mesmo mês do ano anterior, registrou R$ 60,6 bilhões. Os totais de ativos do sistema atingiram R$ 877,3 bilhões em 31 de dezembro de 2014, representando alta de R$ 42,5 bilhões na comparação com 30 de setembro de 2014 e de R$ 95,2 bilhões em relação a 31 de dezembro de 2013.

Conforme o órgão, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do Sistema BNDES atingiu 13,05% no exercício corrente, mas o Índice de Basileia alcançou 15,9%. Para o BNDES, esses percentuais representam “situação confortável diante dos 11,0% exigidos pelo Banco Central”.

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