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Bovespa cai 3% com desdobramentos da Lava Jato pressionando bancos e Petrobras

O senador Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves foram presos nesta quarta-feira (25)

Economia|

Lava Jato causou apreensão nos investidores
Lava Jato causou apreensão nos investidores Lava Jato causou apreensão nos investidores (Luiz Prado)

A quarta-feira (25) foi de fortes perdas na bolsa paulista, com o Ibovespa fechando em queda de quase 3%, em meio ao nervosismo de investidores após as prisões do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), e do presidente do banco BTG Pactual, André Esteves, no âmbito da operação Lava Jato.

O Ibovespa caiu 2,94%, a 46.866 pontos. Na mínima, o índice de referência do mercado acionário brasileiro recuou 3,19%. O giro financeiro totalizou R$ 7,5 bilhões.

O senador Delcídio do Amaral e o banqueiro André Esteves foram presos na manhã desta quarta-feira por suspeita de obstruírem a operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção que envolve a Petrobras.

De acordo com profissionais do mercado de renda variável, tais eventos afetam a confiança no mercado pois envolvem pessoas relevantes nas cenas política e financeira, assustando inclusive investidores estrangeiros, que vinham sustentando ganhos recentes do Ibovespa apesar dos fundamentos negativos para as ações.

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Até a véspera, o Ibovespa acumulava alta superior a 5% no mês. Dados da BM&FBovespa mostravam que o fluxo de capital externo na bolsa em novembro estava positivo em R$ 1,5 bilhão até o dia 23.

Diante dos eventos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), suspendeu sessão no Congresso Nacional, quando deveria ser votado o Orçamento de 2016 e a mudança da meta fiscal de 2015.

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Nos Estados Unidos, as bolsas experimentavam algum alívio nas tensões geopolíticas, na véspera do feriado do Dia de Ação de Graças, com agentes avaliando uma bateria de dados econômicos. O índice acionário S&P 500 subia 0,1% em Nova York.

Destaques:

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BTG PACTUAL — Que não está no Ibovespa, afundou 21%, maior queda da sua história, após prisão do presidente e controlador da instituição financeira, André Esteves, em ação no âmbito da operação Lava Jato da Polícia Federal. Próximo do fechamento, o banco anunciou programa de recompra de até 10% das units, levando a uma desaceleração das perdas. No pior momento, o papel caiu quase 40%, a R$ 18,86, mínima histórica intradia.

ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO — desabaram quase 5% cada, respondendo pela maior pressão negativa no Ibovespa, contaminados pela onda de aversão a risco e incertezas após o envolvimento do presidente do BTG Pactual nas investigações da Lava Jato. "Banco é confiança. E sem confiança, a liquidez seca", afirmou um gestor. Há preocupação também sobre eventual impacto no mercado de crédito, com aumento no custo de captação dos bancos. Na mesma linha, BANCO DO BRASIL despencou 6,45% e SANTANDER BRASIL perdeu 2,99%. Em relatório no final da terça-feira (24), analistas do BTG Pactual haviam reduzido o preço-alvo do BB de R$ 28 para R$ 21.

PETROBRAS — fechou em queda de 7,06% nos papéis preferenciais e de 7,56% nas ações ordinárias, com o noticiário da Lava Jato guiando uma correção de baixa nas ações após fortes altas nos últimos pregões. A ação preferencial subiu quase 17% em uma sequência de seis sessões de avanço até a véspera. O declínio dos preços do petróleo endossou as perdas, embora a commodity tenha reduzido as perdas na parte da tarde.

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