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Brasil e China conversam para ter área de livre comércio, diz Guedes

Ministro da Economia frisou que a decisão de abrir o Brasil está consolidada no governo do presidente Bolsonaro e é urgente

Economia|

Guedes não revelou prazo de conclusão do acordo
Guedes não revelou prazo de conclusão do acordo Guedes não revelou prazo de conclusão do acordo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (13) que o Brasil está conversando com a China sobre a possibilidade de uma área de livre comércio no âmbito de esforços que têm sido feitos pelo governo para integrar o país às cadeias globais de valor.

"Agora estamos conversando com a China sobre a possibilidade de considerarmos uma free trade area (área de livre comércio), ao mesmo tempo em que falamos em entrar na OCDE", disse ele, listando as ações que estão em curso após o Mercosul ter fechado acordo com a União Europeia.

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Em seminário sobre a relação do Brasil com o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco do Brics, o ministro frisou que a decisão de abrir o Brasil está consolidada no governo Jair Bolsonaro e é urgente. "Perdemos tempo demais, temos pressa", disse o ministro.

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Questionado sobre o possível acordo com a China e sobre um prazo viável para sua conclusão, o ministro não deu mais informações, se limitando a reiterar que o Brasil precisa olhar para o crescimento asiático em sua estratégia comercial.

"O que nós estamos falando é o seguinte: desde o início nós estamos procurando níveis de integração maior", afirmou.

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Durante sua fala inicial no seminário, o ministro disse, em relação ao comércio com a China, que apesar de o montante negociado passar hoje dos US$ 100 bilhões, ele particularmente não se incomodaria se a balança com o gigante asiático passasse do superávit ao equilíbrio, "com as importações duplicando ou triplicando". "O que queremos é mais integração ainda", pontuou.

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Quanto à Índia, Guedes avaliou que há um grande atraso em relação ao potencial de comércio. "O maior upside de integração de comércio agora é com a própria Índia porque o comércio é muito baixo", disse.

Guedes também sublinhou que ao Brasil não interessam guerras comerciais, tensões e incertezas. "Ao contrário, vamos dançar com todo mundo", afirmou.

O ministro destacou que, para além das trocas comerciais, o Brasil também quer mais investimentos estrangeiros no país, citando, por exemplo, a carteira do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).

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Sobre a atuação do NDB, Guedes avaliou que o banco do Brics poderá financiar projetos de infraestrutura, citando portos, rodovias e ferrovias.

"Por exemplo: como escoar toda essa produção do Centro-Oeste brasileiro através de investimentos em ferrovias, para a Calha Norte, para subir, e isso tudo chegar à Ásia em menos tempo e mais barato. Ao mesmo tempo, como cortar através do Peru uma Transpacífica para o Brasil também escoar a produção do Centro-Oeste", disse. "Tudo isso são possibilidades de financiamento do NDB."

Membros da comitiva do NDB afirmam que o banco já aprovou empréstimos que somam US$ 1,4 bilhão ao país até agora. A meta para 2020 é de mais US$ 2 bilhões em financiamentos, levando o total a US$ 3,4 bilhões.

Novo marco para o petróleo

Em seu discurso, Guedes também avaliou que o mega leilão de petróleo da cessão onerosa não pode ser considerado um marco institucional em meio à falta de interesse de operadoras internacionais privadas.

Nesse sentido, o ministro afirmou que o governo quer trabalhar num novo marco institucional, sinalizando o abandono ao modelo de partilha nos certames.

"Nosso objetivo não tem que ser maximizar arrecadação e minimizar investimentos futuros, temos que fazer com que competição ocorra numa outra dimensão, quem vai investir mais e não quem vai fechar buraco fiscal este ano", disse.

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