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Brasil perde R$ 7 trilhões por causa da falta de confiança na política

Valor estimado é o montante que empresas estão deixando de investir para se resguardar

Economia|Joyce Carla, do R7

Para especialistas em economia, a nomeação de Lula como ministro trouxe mais turbulência para o governo federal
Para especialistas em economia, a nomeação de Lula como ministro trouxe mais turbulência para o governo federal Para especialistas em economia, a nomeação de Lula como ministro trouxe mais turbulência para o governo federal

O cenário político tem um efeito imediato na economia, mas o prejuízo é difícil de calcular. De acordo com o economista e consultor financeiro Fernando Pinho, é possível que o Brasil tenha R$ 7 trilhões parados por falta de confiança na política atual.

— Este valor é uma estimativa do quanto as empresas que se resguardaram têm no mercado financeiro de curto prazo. Muitas delas estão sofrendo, mas têm dinheiro em caixa e não querem investir por preocupações com o futuro. Elas preferem investir em títulos públicos e aguardar esse período.

Pinho afirma ainda que a causa da instabilidade política que se reflete na economia é a presença da presidente Dilma Rousseff no cargo.

— Se ela saísse, o sofrimento da população se abreviaria para 1 ano ou 1 ano e meio. O País sofre há 7 ou 8 anos com a deterioração da economia.

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O próprio ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que está na hora de a política ajudar na recuperação da economia. Em um evento em São Paulo, nesta sexta-feira (18), ele disse que "a incerteza política atrasa a recuperação econômica”.

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Melhora

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Os especialistas afirmam que a melhora da economia não vai acontecer de uma hora para a outra. Segundo o gestor de investimentos da Concórdia Corretora, Thiago Tregier, a Bolsa de Valores demonstra o pessimismo dos investidores no País.

— Desde 2008, a Bovespa vem tendo anos ruins. Este ano, houve uma melhora com o aumento da expectativa de impeachment da presidente. Mas a previsão é que continue o rali de altos e baixos. No entanto, como o cenário futuro não é claro, o momento é de cautela.

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O desemprego ainda pode aumentar, na visão dos economistas, porque as empresas estão paradas esperando uma definição. E, como o desemprego chegou até o setor de serviços, os brasileiros não têm onde procurar uma ocupação com carteira assinada.

Segundo Pinho, essa é uma das explicações do aumento de brasileiros abrindo negócios próprios. Ele faz ainda uma análise do cenário para a população.

— A inflação não tem sinais de dar trégua. Com desemprego e pouca tenda, os brasileiros terão que ter cuidado com os gastos em todos os níveis de renda, porque os preços vão continuar a subir. Espera-se que a inflação fique em 7,5% a 8% neste ano. O que é muito alto se comparado à meta do governo [que é de 4,5%].

Em relação à taxa básica de juros, Pinho afirma que seria a “pá de cal definitiva se Lula tivesse alguma ingerência na economia do País” e baixasse a Selic.

— Seria como um médico, diante de um paciente com 39ºC de febre dissesse: “como a febre não baixa, vamos quebrar o termômetro”. A inflação é um sintoma da economia. Baixar os juros com a inflação alta, só tende a prejudicar mais o Brasil.

Para o futuro, Pinho afirma que a situação tende a melhorar, mas ainda haverá um “tempo de agonia à espera das decisões jurídicas”.

— Seja a questão do ministério [se Lula será oficializado como Chefe da Casa Civil] ou os desdobramentos da Lava Jato.

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