Brasileiros têm atrasado com mais frequência pagamento de contas básicas, como luz e água
EBCTrês em cada dez brasileiros estavam com o nome sujo em maio, totalizando 60,1 milhões de pessoas negativadas, segundo dados do SPC Brasil (serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) divulgados nesta sexta-feira (9).
Apesar do número ser alto, a inadimplência tem caído pelo terceiro mês seguido, segundo os órgãos. Em maio, a queda foi de 0,5%, na comparação com o mesmo período de 2016.
Em outro recorte, que avalia um mês seguido do outro, é possível constatar aumento de 1,31% do número de inadimplentes.
"Apenas nos últimos 30 dias, houve um saldo líquido de 1,1 milhão de brasileiros que passaram a fazer parte da lista de devedores", observa o SPC Brasil em nota.
O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, diz que os brasileiros ainda estão com dificuldades para quitar as contas, mas que a queda da inadimplência se deve também ao fato de o acesso ao crédito estar mais difícil.
"Embora os juros estejam caindo e a inflação dentro da meta, o desemprego ainda é elevado e acaba reduzindo a capacidade de pagamento das famílias. Por outro lado, os bancos e os estabelecimentos comerciais seguem cautelosos na oferta de crédito", acrescenta.
Outro dado que chama atenção é que 4,8 milhões de idosos integram esse número de 60,1 milhões de inadimplentes.
A faixa etária entre 30 e 39 anos representa o maior percentual de pessoas com o nome sujo: 51%.
As dívidas atrasadas vêm caindo, segundo o SPC/CNDL. Entretanto, os atrasos de contas básicas, como luz e água, tiveram alta de 6,71% em maio deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2016.