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Divulgação/Banco CentralO fluxo cambial, diferença entre a saída e a entrada de moeda estrangeira no País, fechou setembro negativo em US$ 111 milhões (cerca de R$ 424 milhões), evidenciando que, apesar das intensas turbulências financeiras que marcaram o mês, o País não sofreu com fugas de capital.
O Banco Central informou nesta quarta-feira (7) que, na conta financeira, por onde passam os investimentos estrangeiros diretos, em portfólio e outros, o déficit ficou em US$ 1,277 bilhão (R$ 4,87 bilhões). O saldo foi quase completamente compensado pelas entradas de US$ 1,167 bilhão (R$ 4,45 bilhões) pela conta comercial, que fechou superavitária pelo sexto mês consecutivo.
No entanto, o País registrou saída líquida de mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,82 bilhões) em cada um dois primeiros dias de outubro, acumulando déficit de US$ 2,355 bilhões (R$ 8,99 bilhões) no período. O resultado foi influenciado principalmente pelo déficit de US$ 2,028 bilhões (R$ 7,75 bilhões) na conta financeira.
O mês passado foi marcado por forte volatilidade cambial, com o dólar atingindo novos recordes no intradia e no fechamento, chegando a encostar em R$ 4,25.
O movimento intenso levou o BC a reforçar sua atuação no câmbio com leilões de venda de dólares com compromisso de recompra e leilões de novos swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. No entanto, não vendeu dólares das reservas internacionais no mercado à vista, argumentando várias vezes que não está havendo saída de moeda estrangeira do País.
Desde então, o dólar inverteu a trajetória e passou a cair, voltando abaixo de R$ 3,80 nesta sessão. Neste ano até 2 de outubro, o Brasil registrou entrada líquida de US$ 8,81 bilhões (R$ 33,65 bilhões) ao todo.
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