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Câmara vota hoje novas regras com multas mais pesadas a bancos

MP estabelece regras para acordos de leniência entre bancos e BC

Economia|

Multas a bancos passariam de R$ 250 mil a R$ 2 bi
Multas a bancos passariam de R$ 250 mil a R$ 2 bi Multas a bancos passariam de R$ 250 mil a R$ 2 bi

Uma das propostas legislativas mais polêmicas apresentadas este ano pelo governo Michel Temer ao Congresso, a Medida Provisória 784, que cria o acordo de leniência de instituições financeiras com o Banco Central, está prevista para ser votada nesta terça-feira (10) no plenário da Câmara. A base do governo corre contra o tempo para aprovar o texto na Casa e no Senado antes do dia 19, quando a MP perde a validade. Enquanto isso, dirigentes do primeiro escalão do BC agiram para evitar o acréscimo de um "jabuti" na proposta que está na Câmara, o que poderia prejudicar a tramitação.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que só colocará a MP em votação se o texto for modificado, ja que o texto ganhou "penduricalhos" ao passar pela comissão mista do Congresso.

A medida provisória, além de tratar do acordo de leniência — espécie de colaboração premiada para empresas — estabelece novas regras de punição a instituições financeiras e instituições do mercado de capitais, reguladas pelo BC e pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Entre outros aspectos, ela determina parâmetros para a cobrança de multas de bancos e define as infrações que podem ser punidas. Pelo texto, bancos que cometerem delitos administrativos podem ser obrigados a pagar multa de até R$ 2 bilhões ou 0,5% da receita de serviços e de produtos financeiros. O limite anterior era de R$ 250 mil.

Porém, quando foi editada, no início de junho, a MP foi alvo de duras críticas do MPF (Ministério Público Federal), que viu na proposta o risco de cerceamento do trabalho do órgão. A leitura era de que a proposta trazia inconstitucionalidades e poderia prejudicar a atuação do MPF na Lava Jato - cujas investigações estariam cada vez mais próximas do setor financeiro.

Após meses de discussões entre BC e MPF, o texto da MP foi alterado e aprovado na comissão mista do Congresso que analisou a matéria. Os principais pontos foram mantidos, entre eles a criação do acordo com leniência, mas a proposta deixou mais claro que o novo marco punitivo a instituições versará apenas sobre delitos administrativos — e não sobre delitos penais, que são da alçada do MPF.

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