SÃO PAULO (Reuters) - A companhia paulista de energia elétrica Cesp, caso decida participar do leilão de hidrelétricas marcado para setembro pelo Ministério de Minas e Energia, focará nas concessões das usinas de Jupiá e Ilha Solteira, atualmente operadas pela estatal paulista, mas que vencem no início de julho.
Em teleconferência com analistas e jornalistas, o diretor financeiro da Cesp, Almir Martins, afirmou nesta terça-feira que a empresa vai avaliar as condições do leilão das duas usinas e que não pretende ampliar sua atuação para além do Estado de São Paulo, fazendo algum lance por outras usinas incluídas no leilão, como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)em Minas Gerais.
A companhia ainda aguarda autorizações legislativas para participar de sociedades de propósito específico (SPE), uma alternativa para viabilizar a participação da estatal no leilão das usinas. Martins não precisou quando essas autorizações poderiam ser obtidas.
Na segunda-feira, o Ministério das Minas e Energia marcou para setembro leilão de usinas que não tiveram a concessão renovada conforme regras do governo federal em 2012, como Ilha Solteira e Jupiá. Serão licitados seis lotes com usinas de pequeno a grande portes nos Estados de Goiás, Paraná, São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. As concessões devem ser outorgadas pelo prazo de 30 anos.
Enquanto o leilão das usinas não acontece, o presidente da Cesp, Mauro Arce, afirmou que a estatal continuará operando Jupiá e Ilha Solteira "provisoriamente até a realização do leilão".
Sobre a indenização da Cesp a respeito da perda da concessão da hidrelétrica Três Irmãos, licitada em março de 2014 após o término da concessão com a elétrica paulista, Martins comentou que é um assunto que "levará anos" na Justiça. A Cesp pede, com base em valores de 2012, 3,5 bilhões de reais em indenização, mas o governo federal reconhece valor de cerca de 1,7 bilhão de reais.
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(Por Alberto Alerigi Jr.)
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